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Para Goldman Sachs, hora de comprar commodities é agora – e recessão é pouco provável

Preços de commodities estão caindo, o que segundo o banco é resultado de "expectativas irracionais"

Foto: Shutterstock

O mercado financeiro está preocupado demais com a possibilidade de uma recessão econômica mundial. Tão preocupado que tem desconsiderado o quanto é oportuno investir em commodities neste momento, segundo o Goldman Sachs.

“As commodities estão precificando muito mais uma recessão do que qualquer outra classe de ativo”, afirmou o banco americano em um relatório publicado nesta segunda-feira (29). “Em oposição a isso, nossos economistas veem o risco de recessão fora da Europa nos próximos 12 meses como relativamente baixo”, acrescentou.

O Goldman Sachs ressaltou que os estoques de quase todas as matérias-primas estão significativamente abaixo da média dos últimos cinco anos e tendem a cair ainda mais.

No entanto, os preços destes produtos também estão caindo, o que segundo o banco é resultado de “expectativas irracionais”.

Este comportamento, ao mesmo tempo em que desencoraja aumentos de produção, desestimula a queda na demanda por commodities em um momento em que o equilíbrio entre oferta e procura depende de preços mais altos para estes produtos, destacou o banco.

A expectativa do Goldman Sachs é que os mercados de commodities entrem gradualmente numa situação conhecida como backwardation – quando os preços à vista são menores que os do mercado futuro.

“Embora o backwardation desde o início do ano esteja concentrado nos mercados de energia, achamos que vai se espalhar para os metais básicos, especialmente para o cobre, e para alguns mercados agrícolas, como os de milho e soja, onde achamos que a volatilidade vai aumentar”, acrescentou.

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“Em resumo, uma percepção de que o receio de recessão é infundado poderia reviver o fluxo de investimentos” nestes ativos.

Commodities ainda podem sofrer no curto prazo

O Goldman Sachs, porém, alertou que no curto prazo os preços de commodities ainda podem cair mais, a depender do contexto econômico mundial e de quanto o dólar ainda vai se valorizar em relação a outras moedas.

O banco apontou que parte da queda nos preços até agora foi motivada pela volatilidade do mercado, que forçou grandes especuladores e investidores a optarem por liquidez e a desmontarem posições que apostavam na alta dos preços.

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“Dito isso, a extensão das posições de especuladores entre as commodities caiu significativamente e o posicionamento de investidores está excepcionalmente leve”, disse o Goldman Sachs.

“Incorporamos riscos crescentes de recessão nas nossas perspectivas para metais e petróleo, mas temos que considerar premissas muito agressivas sobre a demanda, semelhantes à da recessão econômica mundial de 2008 e de 2009, para justificar os preços atuais.”

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