BC aprova transferência do controle do Bankly para Méliuz (CASH3)

O Banco Central aprovou a transferência do controle societário do Grupo Acesso, conhecido como Bankly, para o Méliuz (CASH3), de acordo com fato relevante publicado pela companhia na noite desta quinta-feira (31).

Segundo o comunicado, a aprovação está condicionada ao efetivo fechamento da transação nos termos acordados.

O Méliuz adquiriu o Grupo Acesso, que opera sob a marca Bankly, em maio de 2021, por R$ 324,5 milhões.

No fato relevante anunciando a transação, a empresa declarou que “a associação com a Acesso e sua equipe de gestão marca mais um passo na expansão do ecossistema de serviços financeiros do Méliuz, permitindo o desenvolvimento de soluções em contas digitais, pagamentos e outros temas relacionados a serviços e produtos transacionais”.

A companhia acrescentou que a combinação dos negócios permitira que o Méliuz se tornasse “protagonista no desenvolvimento e construção de uma solução que atenda as expectativas dos seus usuários”, e afirmou que possibilitaria ampliar o engajamento da base de usuários e aumentar a venda cruzada de produtos que já existiam.

Crescimento em 2021

Devido à aposta no crescimento futuro e ao investimento de grandes quantias em frentes como pessoal, tecnologia, marketing e aquisições, como a da Acesso, o Méliuz terminou 2021 com prejuízo de R$ 34,3 milhões, ante lucro de R$ 19,6 milhões no ano anterior.

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Os números do Bankly, porém, apresentaram evolução na comparação anual: a receita líquida passou de R$ 44,5 milhões para R$ 70,6 milhões e o lucro, de R$ 8,9 milhões para R$ 18,7 milhões.

Durante a teleconferência de resultados da companhia, na última quarta-feira (30), o time de gestão do Méliuz defendeu que sua estratégia foi acertada e reiterou enxergar um grande potencial de geração de valor no Bankly.

“Estamos confiantes que o Bankly, já no curto prazo, será uma nova frente de geração de valor para o nosso negócio e, consequentemente, para os nossos acionistas”, diz o relatório de balanço da companhia, acrescentando que o desenvolvimento de novos serviços deve “ajudar a expandir o uso dentro de clientes atuais e conquistar novos clientes a partir de um portfólio mais diversificado”.