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BB reduz preço-alvo de Pão de Açúcar (PCAR3), mas eleva o do Grupo Mateus (GMAT3); veja por quê

Para o banco, as perspectivas para o setor supermercadista são positivas para o segundo semestre deste ano

Foto: Shutterstock

Após incorporar os resultados do segundo trimestre do ano, o BB Investimentos alterou os preços-alvo de Pão de Açúcar (PCAR3) e Grupo Mateus (GMAT3) para o fim de 2023, diante das perspectivas positivas para o setor supermercadista no segundo semestre deste ano, em função de uma menor pressão inflacionária e uma base comparativa mais “normalizada”.

No caso do Pão de Açúcar, o banco rebaixou o preço-alvo de R$ 28,60 para R$ 20,60, mantendo a recomendação neutra, enquanto o Grupo Mateus teve a recomendação rebaixada para neutra e o preço-alvo alterado de R$ 5,70 para R$ 6,60.

Em relatório, a analista Georgia Jorge afirma que, além de uma menor pressão inflacionária e de uma comparação mais “normalizada”, os supermercados podem se beneficiar do aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 mensais, que permitirá uma elevação da renda do consumidor.

Nesse contexto, o Grupo Mateus se mostra mais bem posicionado para combinar forte crescimento de venda com rentabilidade. “Contudo, entendemos que o recente rali observado nos papéis já reflete as boas perspectivas para a companhia, razão pela qual optamos por rebaixar nossa recomendação para neutra”.

Por outro lado, na visão de Jorge, o Pão de Açúcar ainda não entregou o incremento de rentabilidade esperado por ocasião da descontinuidade dos formatos menos rentáveis, o que levou o mercado a duvidar da sua capacidade de enfrentar o cenário desafiador vivenciado pelo varejo no momento.

“Apesar de termos reduzido nossas projeções de vendas e de rentabilidade para 2022, após os resultados do segundo trimestre, ainda projetamos que as iniciativas em andamento – como a conversão das lojas, enxugamento de estrutura, readequação de sortimento e redução do índice de ruptura de itens em gôndolas – favoreçam o resultado do Grupo ao longo do segundo semestre”, explica a analista.

Desempenho das ações

Em junho, à época da última revisão de preço pelo BB Investimentos, os papéis do Grupo Mateus e do Pão de Açúcar apresentavam desempenhos semelhantes nos últimos 12 meses, com queda de cerca de 47%, mas com performance superior do Pão de Açúcar no acumulado deste ano até aquela data, por causa das reformulações envolvendo a descontinuidade do formato hipermercado e das drogarias.

Contudo, de lá para cá, houve uma mudança expressiva de percepção em relação ao Grupo Mateus, o que fez com que os papéis acumulassem uma valorização de 46% entre 10 de junho e 22 de agosto, refletindo a reversão, no segundo trimestre, da piora de margens operacionais e de consumo de caixa ocorridas nos trimestres anteriores por ocasião do cenário inflacionário pressionando vendas e os investimentos com a nova regional Nordeste.

Na ponta oposta, os papéis do Pão de Açúcar acumulam uma queda de 5% no mesmo período, diante dos resultados decepcionantes no segundo trimestre, principalmente nas operações brasileiras.

Por volta de 16h40, a ação ordinária do Pão de Açúcar subia 2,88%, a R$ 19,30, enquanto o papel do Grupo Mateus operava em alta de 2,02%, a R$ 6,06.

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