Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Auxílio Brasil de R$ 600 e IPCA-15 – veja o que importa hoje

Investidores acompanham discussões para elevar benefício e riscos fiscais da medida

Foto: Shutterstock

A menos de quatro meses das eleições, o mercado acompanha com atenção cada vez maior o risco fiscal trazido pelas movimentações do governo federal para atenuar os impactos da inflação sobre a população.

Após medidas como a limitação da alíquota do ICMS de combustíveis e até a possibilidade de alteração na Lei das Estatais para ampliar poder sobre a Petrobras (PETR4), o governo fechou um acordo com o Congresso para elevar o valor do Auxílio Brasil, hoje em R$ 400, para R$ 600.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o aumento teria validade até o final de 2022 e seria aprovado através da mesma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de compensação aos Estados que zerarem o ICMS do diesel e do gás de cozinha.

A ideia seria fazer uma troca, retirando da proposta essa compensação pelo imposto e incluindo a elevação do benefício e outras bondades, como auxílio-caminhoneiro de R$ 1.000 e aumento do vale-gás. O custo seria de cerca de R$ 30 bilhões até o final do ano.

Ontem o mercado já reagiu negativamente a essa possibilidade, por alguns motivos. Além do fato de a medida furar o teto de gastos, âncora fiscal do país, o receio é que o valor do Auxílio Brasil aumente ao longo da tramitação.

Além disso, apesar de a princípio o aumento estar sendo defendido como transitório, a avaliação é que dificilmente o novo presidente, seja ele qual for, conseguirá retirar o benefício adicional em 2023.

Por que isso importa?

Quando o risco de descontrole das contas públicas de um país se eleva, investidores passam a pedir taxas de juros bem maiores lá na frente para comprar títulos públicos – ou, se você preferir, emprestar dinheiro ao governo. O medo em relação às contas públicas também faz o dólar ficar mais caro, o que acelera a inflação.

Leia mais: 
Ibovespa engata mais uma queda com ações ligadas a commodities no vermelho

IPCA-15 de junho

Um dia depois do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicar que a instituição irá perseguir uma meta de inflação mais folgada em 2023, os mercados acompanham a divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de junho.

Saiba mais: 
Análise: Qual recado Campos Neto, do BC, quis passar ao mercado – e como investidores reagiram

Analistas de mercado consultados pela Reuters esperam uma elevação de 0,62%.

Os investidores ainda olham os dados da Sondagem do Consumidor, que será informada às 8h pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Por que isso importa?

Indicações de uma inflação maior ou menor que o esperado afetam os juros futuros, e o IPCA é o indicador oficial acompanhado pelo Banco Central em suas decisões de política monetária.

Uma variação de preços mais expressiva do que o esperado pesa a favor de altas mais expressivas na taxa básica Selic, e vice-versa (menos inflação tende a requerer uma alta menor nos juros lá na frente).

Mercados internacionais

Os índices futuros americanos sobem na manhã desta sexta-feira, com os investidores tentando determinar qual o risco da economia dos EUA entrar em recessão por causa da série de aumentos de juros pelo Federal Reserve, o banco central americano.

Por volta das 8h, o Dow Jones subia 0,68%, o S&P 500 estava em alta de 0,80% e o Nasdaq ganhava 0,98%.

No mesmo horário, o EuroStoxx 50 operava em alta de 1,48%.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.