Assaí (ASAI3) sobe mais de 2% após Santander elevar preço-alvo da ação para 2023 – entenda

Banco Santander projeta uma valorização de 28% na ação da rede varejista

Foto: Shutterstock

Em um dia em que o Ibovespa acompanha os mercados externos e opera em baixa, o papel da rede de atacarejo Assaí (ASAI3) descola do movimento, com alta de 2,12% nesta tarde, perto das 16h.

Mais cedo, pela manhã, o Santander divulgou um relatório no qual eleva o preço-alvo do papel de R$ 20 para R$ 24 ao final de 2023, por vislumbrar boas perspectivas tanto no curto quanto no médio prazo para a companhia. Com isso, o banco projeta uma valorização de 28% na ação.

Os analistas Ruben Couto e Eric Huang, que assinam o relatório, contam que participaram de um evento com a empresa, e gostaram das perspectivas da conversão de lojas Extra para o futuro.

“Acreditamos que as próximas conversões podem gerar uma média de R$ 435 milhões por ano em cada loja, contribuindo para margens Ebitda ainda maiores do que a margem incremental de 1,5 p.p. das conversões anteriores, que tiveram vendas médias de R$ 260 milhões por ano em cada loja”, comparam.

Além disso, a projeção do Santander para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi elevada em 5% neste ano, para R$ 6,07 bilhões. O lucro líquido foi revisto em 3% para cima, para R$ 1,75 bilhão.

Por outro lado, o Santander considera que as despesas financeiras, que sofrem com o aumento da taxa Selic, ainda podem pressionar o resultado líquido do Assaí.

Segundo trimestre do Assaí

O Assaí conseguiu, mesmo em tempos de inflação alta, aumentar suas vendas no segundo trimestre deste ano, muito em função da queda dos preços das commodities nas últimas semanas de junho, graças ao aumento de juros pelos bancos centrais, exatamente para conter o risco elevado de recessão global.

Diante desse cenário, a empresa conseguiu controlar os custos, que tanto pesam nos seus resultados, possibilitando o aumento do lucro e das margens. No segundo trimestre deste ano, o Assaí reportou lucro líquido de R$ 319 milhões, uma alta de 20,7% quando comparado ao mesmo período do ano passado, o que possibilitou uma margem líquida de 2,4% sobre o resultado.

A rede de atacarejo explicou que esse aumento do lucro se deve, principalmente, ao forte volume de vendas, ao maior controle de despesas, mesmo diante da expansão acelerada, em decorrência da conversão de lojas compradas do Extra, e do cenário econômico adverso.

Com isso, a receita líquida da empresa subiu 32,8% na base anual, para R$ 13,29 bilhões, refletindo a contribuição de lojas inauguradas nos últimos 12 meses e do crescimento advindo das vendas das lojas que já existiam, que subiram 14,7% no período, com o aumento do fluxo de clientes e dos volumes vendidos durante o trimestre.

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