Após prejuízo aumentar, Méliuz (CASH3) cai mais de 10% e lidera as perdas do Ibovespa

Por volta de 11h38, a ação recuava 10,46% e liderava as baixas do Ibovespa, a R$ 1,37

Foto: Shutterstock

Os papéis da Méliuz (CASH3) recuavam mais de 10% e lideravam as perdas do Ibovespa nesta terça-feira (16), após a companhia registrar um avanço das despesas e aumento do prejuízo líquido no segundo trimestre. Por volta de 11h38, a ação recuava 10,46%, a R$ 1,37.

No trimestre, as despesas saltaram 114%, fazendo com que a companhia terminasse o período com prejuízo líquido de R$ 28,2 milhões – perdas ainda maiores do que os R$ 4,66 milhões anotados no mesmo período do ano passado.

Na avaliação de Renan Manda e Matheus Guimarães, analistas da XP, o trimestre da empresa de cashback foi misto. “De um lado a companhia segue entregando um crescimento robusto de suas operações. Por outro lado, os custos e as despesas cresceram principalmente devido ao desenvolvimento de seus produtos”.

No segundo trimestre, a receita líquida cresceu 45% na base anual, para R$ 79,1 milhões, reflexo do crescimento do GMV (valor bruto de mercadorias) e de novas receitas provenientes de aquisições. No trimestre, o GMV da companhia registrou crescimento de 24% na mesma base de comparação, alcançando R$ 1,42 bilhão.

Para Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli, analistas do Itaú BBA, os números da Méliuz foram negativos, uma vez que a empresa enfrentou um “cenário adverso devido à desaceleração do e-commerce no Brasil e despesas extraordinárias”. Além disso, o GMV da empresa ficou 2% abaixo do projetado pela instituição.

A desaceleração do comércio eletrônico também motivou os resultados negativos, segundo Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, analistas do BTG Pactual. No entanto, os profissionais ressaltam que a Méliuz continuou apresentando um crescimento no seu negócio principal, ao mesmo tempo que conseguiu controlar suas despesas recorrentes.

“Apesar das partes móveis que impactaram o trimestre, com a aquisição do Bankly finalmente aprovada em 30 de maio e o core business impulsionando o cenário atual, a Méliuz agora pode focar na geração de resultados na unidade de Serviços Financeiros remodelada e sua operação BaaS”, afirmaram os analistas do BTG.

Outros números da Méliuz

Por unidade, a receita líquida do shopping Brasil foi de R$ 55,7 milhões, aumento de 59% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, em função de um crescimento de 0,8 p.p (ponto percentual) no take rate (comissão que a empresa recebe a cada transação) e do aumento do GMV.

No segmento internacional, a receita líquida apresentou recuo de 25%, para R$ 6,2 milhões, devido principalmente à variação cambial, à redução no resultado de cupons de desconto e aos efeitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Nos serviços financeiros, por sua vez, a receita líquida caiu 54% entre os dois períodos, para R$ 3,9 bilhões, refletindo a despriorização do cartão co-branded em função de novos produtos financeiros.

Veja o balanço:

Méliuz (CASH3) amplia prejuízo no 2º trimestre após despesa subir mais que a receita

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