Os investidores que se identificam como LGBTQIA+ têm como um dos principais objetivos das aplicações financeiras a compra da casa própria e são mais propensos a utilizar os recursos das aplicações financeiras para fazer uma viagem ou outra atividade de lazer. É isso que mostra o 5º Raio X do Investidor Brasileiro, feito pela Anbima (Associação Nacional das Empresas dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha.
Comprar um imóvel é o destino das aplicações de 40% dos investidores LGBTQIA+, acrônimo para lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer. No público heterossexual, a intenção de usar as aplicações para comprar um imóvel é menor, de 28% – mas se mantém como o principal destino das economias.
O investidor LGBTQIA+ também tem uma maior propensão para usar os recursos investidos para fazer uma viagem ou outra atividade de lazer, destino da aplicação de 12% desse segmento, ante 7% do público hétero.
Ter dinheiro guardado para emergências tem a mesma importância para ambos os grupos: 20%.
Fontes de informação
O levantamento aponta diferenças pontuais, o que indica que a classe social e faixa etária têm maior influência sobre as decisões de investimentos do que identidade de gênero e orientação sexual, segundo a Anbima, que pela primeira vez incluiu a população LGBTQIA+ no Raio X.
“É importante mensurarmos e darmos visibilidade a esses fatores na pesquisa para oferecermos informações que ajudem nas estratégias de representatividade, diversidade e inclusão dos mercados financeiro e de capitais”, disse, em nota, Marcelo Billi, superintendente de Comunicação da Anbima.
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O levantamento mostra ainda que entre os LGBTQIA+, 53% responderam que pretendiam investir em 2022, ante 48% da população heterossexual.
Como fonte de informação para a tomada das decisões sobre investimentos, 35% utilizam os bancos tradicionais. A liderança também se repete entre o público heterossexual, mas com uma fatia maior, de 42%. Entre os LGBTQIA+, outras fontes relevantes de informação sobre investimentos são os portais (21%), bancos digitais (16%) e influenciadores (15%).
Nas respostas espontâneas, o digital ganha relevância. Entre o público LGBTQIA+, 45% usam o YouTube para buscar informações sobre investimentos, 35% a televisão e 32% o Instagram. Entre o público heterossexual, esses mesmos canais respondem por 37%, 34% e 25%, respectivamente.
O Raio X do Investidor realizou as entrevistas entre os dias 9 e 30 de novembro de 2021 com 5.878 pessoas de 16 anos ou mais. Desses, 1.761 declararam investir.
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