Dados divulgados nesta quinta-feira, 5, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostram que os fundos de investimentos dos segmentos de varejo, private e conta e ordem captaram juntos R$ 93 bilhões entre janeiro e outubro de 2019, o que representa 40% do total da indústria.
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Esses segmentos, que atendem investidores pessoas físicas, já registraram mais que o dobro do valor reportado no mesmo período de 2018, de R$ 41,6 bilhões.
“Percebemos um aumento da representatividade de pessoas físicas na captação dos fundos de investimentos. Nosso desafio é preparar o mercado para que a indústria continue seguindo essa trajetória de crescimento”
disse Carlos André, vice-presidente da Anbima
Segundo Carlos, a Anbima ainda tem a missão de aproximar os fundos de investimento dos investidores pessoa física, além de melhorar a comunicação com esse público.
“O entendimento sobre o produto ainda está aquém do desejado. Estamos discutindo iniciativas para trazer os fundos de investimento mais para perto do investidor pessoa física”, afirmou.
Indústria de Fundos
No geral, a indústria de fundos cresceu neste ano e conseguiu captar R$ 228,1 bilhões de janeiro a novembro de 2019. O montante é mais que o triplo registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 69,1 bilhões.
A rentabilidade está atrelada às quedas da taxa básica de juros do país, a Selic, hoje em 5% ao ano. Os fundos de ações small caps foram os que mais renderam em 2019, com retorno de 35,5% a.a., enquanto o Índice Bovespa subiu 23,2% no mesmo intervalo de tempo.
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De acordo com o vice-presidente da Anbima, a indústria de fundos está sendo consolidada com o cenário de juros baixo e, por isso, os investidores têm utilizado cada vez mais os serviços de gestores para otimizar suas aplicações.