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Alpargatas (ALPA4): problemas na cadeia global afetaram 2º trimestre; ações lideram quedas

Nesta sexta (5), os papéis da empresa eram os que mais recuavam no Ibovespa por volta das 11h, com uma queda de 9,21%.

Foto: Shutterstock

Em uma teleconferência para repercutir os resultados do segundo trimestre de 2022, o CEO da Alpargatas, Roberto Funari, atribuiu a uma série de problemas nas cadeias produtivas internacionais a queda de quase 50% no lucro da empresa no período.

Nesta sexta (5), os papéis da empresa eram os que mais recuavam no Ibovespa por volta das 11h, com um tombo de 9,21%.

Segundo Funari, os resultados das operações internacionais se mostraram desafiadores. “Parte desses desafios no trimestre ocorreram pelas restrições de mobilidades causadas por novas ondas de Covid-19 na China”, avalia.

A Havaianas, marca mais forte e mais importante da Alpargatas, conhecida mundialmente, mais uma vez impulsionou os resultados da companhia, mesmo com as vendas ficando 2,6% abaixo do visto no mesmo período do ano passado, alcançando 56,649 milhões de peças, entre o Brasil e o mercado internacional.

Apesar de leve queda na venda total, os executivos da Alpargatas ressaltaram a importância do ganho de market share de Havaianas de 1 p.p (ponto percentual) no Brasil, em termos de volume.

O Ebitda (o lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) recorrente da Havaianas atingiu R$ 178 milhões, uma queda de 5% na comparação anual.

Já a margem Ebitda recorrente da Havaianas Internacional atingiu 20% no segundo trimestre, uma queda de 10 pontos percentuais. Funari afirmou que houve uma retração do volume, um aumento do preço das matérias-primas e uma alta dos custos e do aumento das despesas com distribuição pressionando o resultado.

No trimestre, a receita líquida da dona da Havaianas subiu 1,9% ante o mesmo intervalo do ano anterior, para R$ 1,06 bilhão.

Para o segundo semestre, a empresa continua a ver um cenário mais desafiador nos mercados da Europa, Oriente Médio e África. De acordo o CEO, historicamente o segundo semestre apresenta vendas mais baixas nestas regiões. Somado a isso, a empresa enfrenta uma “inflação de matérias-primas e os impactos da logística e transporte enfrentados no primeiro semestre”.

“Tivemos problemas de transporte marítimo. Como não fazemos transporte aéreo, tivemos que absorver esse impacto”, reforçou Funari.

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