Ação da Oi (OIBR3) derrete mais de 24% após liminar para evitar cobrança de dívidas

As ações da OI (OIBR3; OIBR4) desabavam na Bolsa nesta quinta-feira (2), após a empresa anunciar que pediu à Justiça do Rio de Janeiro uma liminar para evitar que credores cobrem algumas das dívidas da companhia.

Por volta de 11h35, o papel ordinário caía 24,15%, a R$ 1,79, enquanto o preferencial recuava 19,88%, a R$ 4,07.

O comunicado, divulgado na noite de ontem, trouxe para o mercado uma possibilidade de a companhia entrar novamente em recuperação judicial. A Oi, vale ressaltar, encerrou um processo de recuperação judicial de quase seis anos em dezembro do ano passado.

Segundo Eduardo Nishio, head de research da Genial Investimentos, um pedido para segunda RJ apenas 60 dias depois da saída da primeira, que durou quase 6 anos, demostra a fraqueza no processo de restruturação da Oi.

“Dessa forma, continuamos com um tom mais pessimista para as ações da companhia”, Nishio.

O que diz a Oi

Em comunicado enviado ao mercado, a operadora disse que o pedido foi feito em meio a “discussões e tratativas” para a renegociação das dívidas da empresa com alguns credores. A empresa acrescentou que a intenção do pedido é proteger o caixa e dar continuidade às negociações com esses credores de forma “equilibrada e transparente”.

As dificuldades da Oi para negociar dívidas remanescentes com credores vieram à tona no final do ano passado. Em outubro de 2022, a empresa contratou a Moelis & Company para ajudar nestas tratativas, mas pouco tempo depois, em dezembro, disse que ainda não havia chegado a um acordo com os credores.

Na ocasião, porém, a empresa disse que as negociações continuavam.