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Ação da Oi (OIBR3) dispara mais de 50% após Justiça decretar fim da recuperação judicial

Por volta de 12h, o papel ordinário da operadora tinha alta de 52,94%, a R$ 0,26, enquanto a ação preferencial subia 84,09%, a R$ 0,81

Foto: Shutterstock/Alison Nunes Calazans

Após um logo período de seis anos em recuperação judicial, a Oi (OIBR3; OIBR4), que já esteve entre as maiores empresas de telefonia do Brasil, conseguiu superar os desafios e teve o fim do processo decretado pela Justiça do Rio de Janeiro.

Com o encerramento, que só foi possível após a companhia cumprir diversas obrigações, como a venda de ativos móveis e da InfraCo, as ações da companhia disparam nesta quinta-feira (15) e sobem quase 60%, com os investidores acreditando que a empresa vai entrar em outro momento.

Por volta de 12h, o papel ordinário da operadora tinha alta de 52,94%, a R$ 0,26, enquanto a ação preferencial subia 84,09%, a R$ 0,81.

Resultado da fusão entre a Oi e a Brasil Telecom, a operadora entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro em junho de 2016. Na época, a companhia devia R$ 65,38 bilhões e as renegociações com os credores para reestruturar os débitos haviam fracassado.

Na decisão que decretou o fim da recuperação judicial, o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio Janeiro, afirmou que esse foi o maior plano de recuperação do país e um dos processos mais extensos em todo o mundo. “Chega ao fim o mais impactante e relevante processo de recuperação judicial do judiciário brasileiro, e um dos casos mais complexos do mundo jurídico contemporâneo”, afirmou o magistrado no texto.

Apesar do fim da recuperação judicial, informou o juiz, credores não pagos ao longo do processo poderão continuar a recorrer aos direitos.

Em comunicado enviado ao mercado na manhã desta quinta, a Oi disse que a concessão da recuperação judicial representa um marco importante para a transformação das suas operações, em busca de sustentabilidade no longo prazo, por meio da implementação do seu plano estratégico, que permitiu, entre outras coisas, a aceleração das receitas dos negócios core e a busca e a criação de fontes de receita.

Um pouco de história

Para concluir a recuperação judicial, a Oi teve que fazer alguns esforços relevantes.

Com a conclusão das vendas dos ativos móveis e da InfraCo, a companhia efetuou o pagamento da dívida com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no valor de R$ 4,6 bilhões (era o maior credor individual); quitou o empréstimo-ponte da Móvel, no valor de R$ 2,4 bilhões; fez a aquisição, via oferta pública, de 98,71% dos títulos de dívidas com vencimento em 2026, no valor de R$ 4,4 bilhões; e efetuou o pagamento da debênture conversível da InfraCo, no valor de R$ 3,5 bilhões.

Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) mostram que a Oi chega ao fim da recuperação judicial com 5,08 milhões de assinantes do serviço de internet banda larga fixa. No passado, quando figurava entre as maiores, chegou a ter 47,74 milhões de clientes em telefonia móvel e 5,7 milhões de clientes de banda larga fixa.

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