Petróleo dispara após tensão entre EUA e Irã

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Na noite de ontem, 2, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou um ataque aéreo a Bagdá, no Iraque, que terminou com a morte de Qassem Soleimani, chefe da Guarda revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país, como aponta o Valor Investe. Uma das primeiras consequências foi a disparada do petróleo, avançando mais de 4% nesta madrugada.

Com isso, os desdobramentos da morte de Soleimani vão gerar instabilidade e volatilidade de preços no mercado global de petróleo, segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone.

“Como não há problema estrutural de oferta, eventos como esse, se tiverem um desfecho rápido, como o ataque com drones na Arábia Saudita, têm efeitos no curto prazo, restando a sensação de aumento da insegurança, que deixa algum impacto no preço. No entanto, se a volta à normalidade demorar, os efeitos podem ser mais relevantes”, afirmou Oddone.

→ Leia também: Petróleo dispara com ataques à petroleira na Arábia Saudita

De acordo com projeções da Eurasia Group, os preços do petróleo no mercado internacional podem chegar a US$ 80 por barril, seguindo as repercussões do ataque norte-americano no Iraque.

Para Henry Rome, analista da Eurasia Group, um conflito de “nível médio a baixo” pode durar, pelo menos, um mês, incluindo ataques a bases dos Estados Unidos naquele país.

O que motivou o ataque?

Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, o general Soleimani estaria desenvolvendo planos para atacar diplomatas e militares norte-americanos no Iraque. O Pentágono confirmou que a ordem partiu de Trump.

Retaliação?

Após o ataque, o Irã prometeu uma retaliação aos norte-americanos, o que aumentou ainda mais a tensão entre os dois países.

Foto: Unsplash

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