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PCE avança 0,6% em janeiro e bolsas gringas aprofundam perdas

Núcleo do indicador, o mais acompanhado pelo Federal Reserve, subiu mais que o esperado

Foto: Shutterstock/Dilok Klaisataporn

Indicador de inflação mais acompanhado pelo Federal Reserve, o PCE (Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal) avançou 0,6% nos Estados Unidos em janeiro, segundo dados divulgados há pouco pelo escritório de estatísticas econômicos americano (BEA). Na comparação anual, o avanço foi de 5,4%. 

O dado representa uma forte aceleração em relação ao desempenho de dezembro, quando o indicador avançou 0,1%, e não atingiu somente o índice cheio. O núcleo do indicador (medida de inflação que exclui energia e alimentos) acelerou a 0,6% (de 0,3% em dezembro), acima dos 0,4% esperados por analistas ouvidos pela Reuters. Na comparação anual, a alta foi de 4,7%.

Tanto os preços para bens quanto para serviços tiveram alta de 0,6%, segundo os dados divulgados pelo escritório americano. “Os preços de alimentos cresceram 0,4% e os preços de energia aumentaram 2%”, apontou o BEA no comunicado de divulgação do PCE.

Em resposta, os principais índices futuros americanos, que já operavam em queda, aprofundaram as perdas na manhã desta sexta-feira (24). Por volta das 11h10, o Dow Jones recuava 1,12%, o S&P 500 caía 1,28% e o Nasdaq perdia 1,74%. 

Após a divulgação do número, houve um leve aumento no percentual de investidores que acreditam em uma alta de 0,50 p.p. pelo Federal Reserve na próxima reunião, em 22 de março: 30% passaram a acreditar nesse cenário, ante 27% de antes da divulgação.

O dólar futuro intensificou a alta em relação ao real, sendo negociado em alta de 0,81% no mesmo horário, a R$ 5,18, segundo dados da plataforma TradeMap.

Atividade quente

O mercado passou a esperar uma taxa mais alta no final deste ano após o dado de inflação ao produtor de janeiro (PPI), que mostrou uma alta de preços bem acima do que era esperado.

Por outro lado, ontem o PIB (Produto Interno Bruto) anualizado dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2022 foi revisado para baixo, o que deu um certo alívio aos mercados. 

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O avanço no período foi revisto de 2,9% para 2,7%, mostrando uma desaceleração em relação ao terceiro trimestre, quando subiu 3,2%.

“A inflação americana está demorando mais tempo para ceder do que o Fed projetava”, avalia Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank. “O núcleo continua pressionado pelos preços de serviços. Esse comportamento é reflexo da alta dos preços dos aluguéis e do mercado de trabalho aquecido, que aumenta salários acima da produtividade e pressiona mais a inflação”, explica. 

Na avaliação da especialista, o banco central americano deve realizar mais dois aumentos de 0,25 p.p. nos juros americanos nas próximas reuniões, levando a taxa a um patamar acima de 5%. 

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