O mercado de trabalho americano criou 261 mil vagas em outubro, número acima do projetado por analistas. Mesmo assim, o aumento no número de desempregados fez a taxa de desocupação da maior economia do mundo subir a 3,7% segundo dados divulgados pela secretaria de estatísticas trabalhistas dos Estados Unidos nesta sexta-feira (4).
De acordo com o payroll, como o relatório é conhecido, a criação de empregos aconteceu principalmente em saúde, serviços profissionais e técnicos e manufatura, com destaque para os bens duráveis.
A taxa de desemprego, que considera quantas pessoas estão buscando trabalho, subiu em 0,2 ponto percentual, a 3,7%, já que o número de desempregados aumentou em 306 mil, a 6,1 milhões.
O ganho médio por hora dos americanos teve alta de 0,4% na comparação com setembro, a US$ 32,58, pouco acima do esperado pelo mercado, que apostava em um crescimento de 0,3%. O avanço nos últimos 12 meses, entretanto, veio em linha com o esperado, com alta de 4,7%.
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Os dados serão destrinchados pelo mercado, já que nesta quarta (2) o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou que os juros dos Estados Unidos vão subir menos, mas por mais tempo.
Por que isso importa?
Como o Fed tem duplo mandato (combater a inflação e promover o pleno emprego), os dados do payroll são acompanhados com atenção redobrada pelos investidores. Um mercado de trabalho muito ou pouco aquecido pode indicar mais ou menos pressões sobre a inflação, o que pode sinalizar um banco central mais ou menos agressivo com os juros.