Alta na oferta pode enfraquecer preço do petróleo, diz AIE

Estados Unidos vão liderar aumento de produção fora da Opep+

Foto: Unsplash

A Agência Internacional de Energia (AIE) informou que, apesar de o mercado mundial do petróleo continuar apertado, um alívio no rali dos preços do produto pode estar no horizonte. Ao contrário das esperanças expostas em Glasgow na COP26, esse arrefecimento nos preços não deverá acontecer por uma queda da demanda, e sim por um aumento da oferta da commodity.

Os estoques de petróleo sofreram queda expressiva em setembro, mas dados preliminares e informações sobre as reservas da commodity em outubro sugerem uma mudança de maré.

A AIE afirma que em outubro a produção mundial de petróleo aumentou em 1,4 milhão de barris por dia (bpd), e que os Estados Unidos responderam por metade do aumento. Em novembro e em dezembro, a previsão é de uma nova elevação de 1,5 milhão de bpd, também puxado pela produção norte-americana, que está se recuperando após a passagem do furacão Ida.

O país deve responder por cerca de 60% dos ganhos de abastecimento ocorridos fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) em 2022. Mesmo assim, ainda estará produzindo menos que antes da pandemia ainda, de acordo com as projeções.

O aumento deverá atender à demanda crescente por petróleo, e está sendo acompanhada por um crescimento na atividade das refinarias, acompanhando a abertura de fronteiras e a flexibilização de medidas adotadas para conter a covid-19.

O cenário, no entanto, é impactado por novas ondas da doença no hemisfério norte, pela atividade industrial mais fraca, e pelos preços mais altos, que devem reduzir os ganhos. Assim, as previsões da agência em relação ao crescimento da demanda de petróleo seguem praticamente inalteradas na comparação mensal, em 5,5 milhões de bpd para 2021, e 3,4 milhões de bpd em 2022.

 

 

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