O CPI (índice de preços ao consumidor) dos Estados Unidos desacelerou o ritmo de alta mensal pela segunda vez consecutiva, de 0,8% em novembro para 0,5% em dezembro, mas acumulou avanço de 7% em 2021 – o que representa a maior inflação anual no país desde 1981.
O resultado, divulgado pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas americano, veio perto do esperado pelo mercado, que apostava em uma alta de 0,4% no índice.
A maior contribuição para o aumento veio de habitação, carros usados e caminhões. “O índice de alimentação também contribuiu, apesar de ter perdido ritmo nos últimos meses”, apontou material de divulgação do departamento.
A desaceleração da inflação em dezembro deve ajudar a diminuir ainda mais a preocupação dos investidores com a remoção acelerada de estímulos à economia pelo banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve. Ontem, parte destes receios foi afastada pelo próprio presidente da instituição, Jerome Powell, que descartou um corte nestes incentivos no primeiro semestre deste ano, embora tenha reiterado a necessidade de os juros do país subirem.
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Mais pistas do que pode acontecer com a economia americana virão da divulgação pelo Fed do Livro Bege, às 16h. A publicação é um compilado de relatórios montados a partir de entrevistas com economistas e diretores de bancos e de empresas, que é divulgada oito vezes por ano com o objetivo de ajudar a embasar as decisões de política monetária da maior economia do mundo.