O CPI (índice de preços ao consumidor) dos Estados Unidos registrou alta de 0,8% em fevereiro, em linha com o esperado pelos analistas ouvidos pela Reuters e uma aceleração de ritmo em relação a janeiro, quando o indicador subiu 0,6%.
O núcleo de inflação (dados que excluem alimentos e energia, e dessa forma desconsideram aspectos transitórios dos preços) subiu 0,5%, também dentro do projetado pelo mercado. O dado foi divulgado pela BLS (Secretaria de Estatísticas Trabalhistas americana) nesta quinta-feira (10).
Ao longo dos últimos 12 meses, a inflação americana já subiu 7,9%.
A maior contribuição para a alta de preços nos EUA no mês passado veio da gasolina, habitação e alimentos. O indicador para a gasolina subiu 6,6% em fevereiro, representando quase um terço da alta total do CPI. Alimentos e habitação tiveram altas de 1% e 1,4%, respectivamente, os maiores aumentos desde abril de 2020.
Por que esse dado é acompanhado pelo mercado?
Ao determinar a taxa de juros nos EUA, o Federal Reserve (banco central americano) tem como objetivo manter a inflação sob controle e promover o pleno emprego.
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Para países emergentes como o Brasil, juros mais elevados em grandes economias tendem a ser uma má notícia, já que quanto maior o retorno pago por títulos altamente seguros, menor a atratividade de ativos considerados mais arriscados.
Na semana que vem, o Fomc (comitê de política monetária do Fed) realiza sua reunião, e a expectativa do mercado é que os juros americanos subirão pela primeira vez desde o início da pandemia.