Neste final de semana, os ministros das Finanças dos sete países mais ricos do mundo (G-7) concordaram em impor um imposto mínimo global de “pelo menos 15%” para empresas multinacionais.
Após dois dias de reuniões em Londres, os representantes do Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Canadá reforçaram o compromisso por uma reforma tributária global, “adaptada à era digital”, segundo as palavras de Rishi Sunak, ministro britânico.
Considerado histórico por Sunak, este acordo passa por revisões há oito anos e a decisão deste sábado, 05, abre caminho para taxas sobre as multinacionais em países onde elas ganham mais dinheiro, não apenas onde estão sediadas.
“Há uma série de empresas multinacionais americanas de grande porte que acabarão pagando mais impostos em países ao redor do mundo, onde talvez no momento não seja o caso”, disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, em entrevista à rádio BBC.
De acordo com o comunicado após a reunião de Londres, os países onde operam grandes empresas teriam o direito de tributar “pelo menos 20%” dos lucros superiores a uma margem de 10%. Isso se aplicaria às “maiores e mais lucrativas empresas multinacionais”.
O próximo passo acontecerá na reunião do G-20, no mês de julho, em Veneza, quando se espera um acordo formal sobre o assunto.
A distribuição dos direitos de tributar lucros das grandes multinacionais, principalmente as digitais americanas, como Amazon e Google, é chamado de “segundo pilar” de uma reforma proposta pela OCDE, que inclui mais 140 países.