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BlackRock acha que economia dará susto no banco central dos EUA – e que isso vai parar os juros

Braço de análise da BlackRock considera que recessão no início do ano que vem vai impedir novas altas de juros

Foto: Shutterstock

A economia dos Estados Unidos vai sentir o impacto da alta nos juros e deve entrar em recessão no início de 2023, e isso deve levar o Federal Reserve, banco central do país, a abdicar de novos aumentos nas taxas. A avaliação é do BlackRock Investment Institute (BII), braço de análise de uma das maiores gestoras de investimentos do mundo.

Embora a economia americana tenha estagnado nos últimos meses, o Federal Reserve continua aumentando as taxas de juros – que agem como um freio ao crescimento – para tentar conter a inflação.

Segundo relatório do BII, esse aumento nos juros só vai ajudar a reduzir a alta de preços a partir do momento em que for forte o suficiente para fazer a demanda encolher para níveis mais parecidos com o que a economia consegue produzir agora.

Nas contas da BlackRock, essa queda seria de 2%. Parece pouco, mas uma contração desta proporção geraria desemprego para um contingente de 3 milhões de pessoas.

Por isso, o BII acha que, quando o Federal Reserve começar a perceber o dano econômico causado pelo aumento dos juros, vai decidir interromper este movimento e desistir de elevações adicionais nas taxas.

“Até lá, será tarde demais para evitar uma contração na atividade econômica, mas a retração não será profunda o suficiente para trazer a inflação medida pelo PCE para a meta de 2% ao ano. Em vez disso, achamos que a inflação continuará perto de 3%”, disse a instituição.

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Diante disso, o BII sugere que os investidores aumentem as posições em títulos de dívida que sejam vinculados à inflação.

“Achamos que os mercados estão novamente subavaliando a persistência da inflação elevada. Estamos argumentando ao longo de todo o ano que estamos num regime novo de elevada volatilidade macroeconômica gerada por limites à produção”, disse a instituição.

Para o curto prazo, vê o BII, estes limites são provocados por interrupções à oferta decorrentes da Covid e por escassez de mão de obra. “No longo prazo, são provocados por forças estruturais, como a transição para uma economia de carbono neutro e pela remodelagem das cadeias de suprimento mundiais em meio a tensões geopolíticas.”

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