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Inflação medida pelo PCE desacelera mais que o previsto nos EUA e deixa mercado dividido

Núcleo do índice, que exclui preços mais voláteis, como energia e alimentos, desacelerou para 0,1% em comparação a maio

Foto: Shutterstock

Principal índice de inflação acompanhado pelo Federal Reserve, o banco central americano, o PCE (Índice de Despesas de Consumo Pessoal) desacelerou em julho na comparação com junho, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo escritório oficial de estatísticas americano (BEA).

O índice subiu 6,3% em 12 meses, abaixo dos 6,8% registrados no mês anterior. O preço da energia teve aumento de 34,4%, enquanto os alimentos registraram crescimento de 11,9%, informou o governo americano.

O núcleo do índice, que exclui preços mais voláteis, como energia e alimentos, teve alta de 4,6% em 12 meses. O registro veio abaixo do esperado pelo mercado, de 4,8% – o mesmo número registrado em junho.

Na comparação mensal, o índice de preços registrou recuo de -0,1%, bastante abaixo do avanço de 1% observado em junho. Já o núcleo da inflação veio com alta de 0,1%. No mês anterior, o dado havia sido de 0,6%.

Antes da divulgação dos dados do PCE, o mercado via 56,5% de probabilidade de os juros nos Estados Unidos aumentarem em 0,75 ponto porcentual em setembro. A aposta minoritária (43,5%) era de um aumento menor, de 0,50 ponto porcentual, segundo dados do CME Group.

As expectativas ficaram mais divididas após a publicação do indicador: 49,5% para alta de 0,50 ponto porcentual e 50,5% para alta de 0,75 ponto porcentual.

A divulgação dos dados ocorreu antes da fala do presidente do Fed, Jerome Powell, na conferência anual de banqueiros centrais que acontece em Jackson Hole, cidade americana no estado de Wyoming, prevista para as 11h (horário de Brasília) desta sexta-feira.

Investidores em todo o mundo aguardam pelos sinais que o chefe da política monetária americana dará sobre a estratégia de combate à inflação.

Na ata da última reunião do Fomc, quando os juros americanos subiram 0,75 ponto, o colegiado de política monetária deixou o ritmo do próximo aumento em aberto, condicionando os próximos passos a indicadores econômicos.

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