Nesta sexta-feira (17), o índice Ibovespa abriu o pregão em baixa de 0,37%, aos 141.672 pontos. O tom negativo reflete o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, após sinais de fragilidade no sistema bancário dos Estados Unidos, e o avanço das tensões comerciais entre as principais economias globais. No Brasil, investidores acompanham as negociações entre o governo e os Estados Unidos, além de novos dados de preços e atividade.
O ambiente externo segue pressionado por relatos de inconsistências em empréstimos concedidos por bancos regionais americanos ligados ao setor imobiliário, o que reacendeu temores de instabilidade financeira. Com o governo dos EUA ainda paralisado e sem a divulgação de indicadores oficiais, as atenções se voltam para pronunciamentos de autoridades monetárias, em especial do Federal Reserve, que podem oferecer pistas sobre o ritmo de cortes de juros.
Na frente diplomática, Brasil e Estados Unidos concluíram uma rodada de reuniões consideradas produtivas. O chanceler Mauro Vieira afirmou que as tratativas abriram caminho para uma futura reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Segundo ele, ambos os países devem manter um calendário de encontros técnicos nas próximas semanas, buscando reduzir barreiras tarifárias e estreitar a cooperação comercial.
As relações entre Washington e Pequim também seguem tensas. A China criticou duramente o governo americano por “gerar pânico” em torno das restrições às exportações de terras raras, reafirmando que não pretende rever os controles impostos ao setor. A escalada retórica entre as duas potências aumentou a cautela dos investidores e contribuiu para a queda nas bolsas globais.
Entre os indicadores locais, o Índice Geral de Preços (IGP-10) apresentou alta de 0,08% em outubro, abaixo do mês anterior (+0,21%). No acumulado do ano, o índice recua 0,98%, enquanto sobe 1,60% em 12 meses, reforçando a percepção de estabilidade inflacionária.
No mercado de commodities, o petróleo recua e caminha para encerrar a semana no vermelho, em meio à expectativa de uma reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, na Hungria, para discutir um possível acordo de paz na Ucrânia. O movimento pressiona ações ligadas a energia e mineração, como Petrobras e Vale.
O Ibovespa, assim, encerra a semana operando em queda, pressionado por tensões geopolíticas, dados mistos da economia e um cenário global de maior aversão ao risco.
Por volta das 10h34, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:
Altas
- Prio (PRIO3): +1,78%
- Hypera (HYPE3): +1,40%
- TIM (TIMS3): +1,29%
Baixas
- Azzas (AZZA3): -1,80%
- Brava Energia (BRAV3): -1,69%
- Marfrig (MBRF3): -1,68%
Confira a evolução do Ibovespa:
*Até o dia 17/10 às 10h34
- Segunda-Feira (13): +0,78%
- Terça-Feira (14): -0,07%
- Quarta-Feira (15): +0,65%
- Quinta-Feira (16): -0,28%
- Na semana*: +0,70%
- Em outubro*/2025: -3,12%
- No 4°tri./25*: -3,12%
- Em 2025*: +17,78%
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