Ibovespa recua com IBC-Br e incertezas fiscais no radar

Nesta quinta-feira (16), o índice Ibovespa abriu o pregão com queda de 0,58%, aos 141.778 pontos. O mercado local acompanha dados de atividade e incertezas fiscais, enquanto no exterior o otimismo com resultados corporativos tenta compensar as preocupações com as tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A reunião entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington, também está no radar dos investidores.

O Banco Central divulgou pela manhã o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de agosto, que subiu 0,40% em relação a julho, abaixo da expectativa de avanço de 0,60% e revertendo a queda de 0,50% do mês anterior. Na comparação anual, o indicador avançou 0,1%, acumulando alta de 2,6% no ano e 3,2% em 12 meses, em linha com a perspectiva de crescimento moderado da economia. Apesar do dado positivo, o resultado reforça a leitura de desaceleração gradual da atividade e mantém a cautela quanto à política monetária.

No campo político e comercial, Mauro Vieira leva a Washington a pauta de reaproximação entre Brasil e Estados Unidos, com foco na retirada de sanções e tarifas impostas aos produtos brasileiros. O encontro é visto como uma etapa preparatória para um futuro diálogo entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, após semanas de atrito diplomático.

As tensões comerciais entre EUA e China seguem no centro das atenções. Trump voltou a afirmar que os países estão “em uma guerra comercial”, e analistas alertam que o impasse pode afetar setores estratégicos, como o de commodities agrícolas, especialmente a soja, cuja rota de exportação se tornou peça-chave na disputa global. Ainda assim, a melhora dos balanços corporativos de grandes empresas no exterior ajuda a sustentar parte do otimismo dos investidores.

Nos mercados de commodities, o petróleo opera em alta após o presidente americano declarar que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, prometeu interromper a compra de petróleo russo, movimento que pode alterar a dinâmica de oferta global.

O Ibovespa, assim, inicia o pregão em queda, refletindo a combinação de dados econômicos domésticos abaixo do esperado, tensões geopolíticas e cautela fiscal, que seguem determinando o tom dos negócios nesta quinta-feira.

Por volta das 10h46, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

Altas

• Weg (WEGE3): +1,50%
• Pão de Açúcar (PCAR3): +1,31%
• Engie (EGIE3): +0,70%

Baixas

• Magalu (MGLU3): -4,15%
• Braskem (BRKM5): -4,00%
• Rumo (RAIL3): -2,57%

Confira a evolução do Ibovespa:

*Até o dia 16/10 às 10h46

• Segunda-Feira (13): +0,78%
• Terça-Feira (14): -0,07%
• Quarta-Feira (15): +0,65%
• Na semana*: +0,78%
• Em outubro*/2025: -3,05%
• No 4°tri./25*: -3,05%
• Em 2025*: +17,87%

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