O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (14) com uma queda de 0,39%, fechando aos 138.423 pontos, interrompendo uma sequência de quatro sessões consecutivas de valorização. O movimento refletiu o clima de cautela dos investidores, que ainda digerem o impacto do recente acordo comercial temporário entre Estados Unidos e China.
As ações da Vale (VALE3) registraram volatilidade ao longo do dia, enquanto Petrobras (PETR4) recuou, acompanhando o movimento de queda dos preços do petróleo. O mercado também se mantém atento aos próximos indicadores econômicos que podem influenciar a decisão do Banco Central na próxima reunião do Copom. Apesar disso, há um consenso entre economistas de que a taxa Selic deve permanecer elevada por um período prolongado.
Petróleo recua com aumento inesperado dos estoques nos EUA
O preço do petróleo encerrou o dia em queda, pressionado por dados que mostraram um aumento inesperado nos estoques dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Energia norte-americano, os estoques de petróleo bruto subiram 3,45 milhões de barris, contrariando as expectativas do mercado, que projetava uma queda de 1,8 milhão de barris.
Com isso, os contratos futuros do petróleo tipo Brent, para julho recuaram 1,22%, fechando a US$ 65,79 por barril. Já o petróleo tipo WTI, para junho, caiu 1,26%, cotado a US$ 62,87 por barril. A queda nos preços pressionou as ações da Petrobras, que fecharam com PETR3 em queda de 0,64% e PETR4 com recuo de 0,69%.
Vale recua apesar da alta do minério de ferro
A Vale (VALE3) também encerrou o pregão em queda, mesmo com o minério de ferro superando os US$ 100 por tonelada pela primeira vez desde a imposição de tarifas comerciais pelos EUA. O avanço do minério reflete o otimismo global após sinais de alívio nas tensões comerciais, além do recuo da inflação nos Estados Unidos em abril, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que trouxe alívio para as expectativas de recessão global.
Azul atinge mínima histórica e Natura surpreende positivamente
A maior queda do pregão ficou com a Azul (AZUL4), que desabou 16,08%, atingindo seu menor valor histórico, R$ 1,20 por ação. A companhia registrou lucro líquido de R$ 783,1 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 1,1 bilhão no mesmo período do ano passado. No entanto, seu resultado ajustado apresentou um prejuízo de R$ 1,8 bilhão, um salto de 460,4% em relação ao mesmo período do ano passado. As ações da Azul já acumularam perdas de 66,10% em 2025.
Por outro lado, a Natura (NTCO3) disparou 7,10% após divulgar resultados do primeiro trimestre que, apesar de ainda apresentarem prejuízo líquido de R$ 150,7 milhões, mostraram uma queda significativa de 83,9% em relação ao mesmo período de 2024. Analistas apontam que os resultados superaram as expectativas, refletindo melhora na rentabilidade e maior eficiência operacional.
As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:
Altas
• Natura (NTCO3): +7,10%
• IRB (IRBR3): +6,42%
• Porto Seguro (PSSA3): +4,54%
• Hypera (HYPE3): +4,18%
• Vivara (VIVA3): +4,16%
Baixas
• Azul (AZUL4): -16,08%
• RaiaDrogasil (RADL3): -6,30%
• Vamos (VAMO3): -6,22%
• Localiza (RENT3): -4,86%
• Raízen (RAIZ4): -4,47%
EUA
Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:
• Dow Jones: -0,21%
• Nasdaq: +0,72%
• S&P 500: +0,10%
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