Ibovespa reage a Selic e geopolítica após pausa nos mercados

Nesta sexta-feira (20), após os feriados no Brasil e nos Estados Unidos, o Ibovespa abriu o pregão em baixa de 0,75%, aos 137.684 pontos, refletindo a repercussão da decisão do Copom sobre a Taxa Selic e o momento de tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Na última quarta-feira (18), véspera do feriado de Corpus Christi, o Banco Central elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 15,00% ao ano. A decisão veio acompanhada de um comunicado indicando que o ciclo de alta pode estar próximo do fim. O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que a taxa deverá permanecer nesse patamar por um “período bastante prolongado”, incluindo a próxima reunião, marcada para 30 de julho.

Segundo dados da B3, os contratos de opções de Copom precificam uma probabilidade de 63% de que a Selic seja mantida em 15,00% ao ano na próxima decisão, reforçando a percepção de que o aperto monetário está próximo do limite.

No cenário externo, os mercados globais repercutem o adiamento, por parte de Donald Trump, de uma decisão sobre o possível envolvimento militar dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã. A Casa Branca informou que o posicionamento definitivo será anunciado nas próximas duas semanas. Apesar da continuidade dos ataques entre os dois países, o recuo na urgência da resposta americana trouxe algum alívio aos mercados.

Em resposta, os preços do petróleo operavam em queda nesta sexta-feira, ainda que acumulando ganhos na semana. O movimento indica uma realização de lucros após três semanas consecutivas de valorização, sustentadas pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Por volta das 10h30, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

Altas

• Embraer (EMBR3): +3,99%

• Minerva (BEEF3): +2,93%

• BRF (BRFS3): +2,10%

Baixas

• Raízen (RAIZ4): -4,32%

• Vamos (VAMO3): -3,20%

• Cogna (COGN3): -3,03%

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