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Queda do Bitcoin abre oportunidade para a entrada de investidores, dizem analistas

Principal criptomoeda volta ao patamar de US$ 33 mil com o aumento da debandada de investidores em meio ao pessimismo global

Foto: Shutterstock

A debandada de investidores dos ativos de risco em meio às incertezas globais ampliou a sangria no mercado de criptoativos nesta segunda-feira (9), arrastando o Bitcoin (BTC) para as mínimas do início do ano.

Por volta das 13h11 (de Brasília), a moeda digital perdia 2,42% em 24 horas, negociada a US$ 33.723, segundo dados do Mercado Bitcoin disponíveis na plataforma TradeMap.

A cotação chegou a bater a mínima de US$ 33.426 nesta manhã e se aproximou do menor patamar do ano, de US$ 33.349, alcançado em 24 de janeiro. Caso o viés de baixa se acentue, o BTC deve regredir para o cenário de US$ 30 mil dólares visto no fim de julho do ano passado.

O pessimismo também derruba as principais altcoins (moedas alternativas ao Bitcoin). Na mesma hora, o Ethereum (ETH), segundo maior cripto do mercado, perdia 5,45%, enquanto a Terra (LUNA) registrava queda de 14,3% e a XRP cedia 7,51%, conforme a CoinDesk.

Copo meio cheio?

Olhando o copo meio cheio, analistas apontam o atual momento de perdas como uma janela de oportunidade para a entrada de novos investidores, ou o aumento de aquisições para quem já faz parte do mercado.

O argumento é pautado no histórico de recuperação das criptomoedas, sobretudo o BTC, após momentos de forte desvalorização. Em um exemplo recente, a moeda digital saiu da faixa de US$ 30 mil no início de 2020 para atingir o pico de US$ 73 mil em novembro de 2021, após passar por um tortuoso caminho de fortes altas e baixas.

“No curto prazo, nós podemos ver o Bitcoin ainda indo a US$ 30 mil, US$ 28 mil. Isso vai dar ótimas oportunidades de compra, principalmente para quem gosta de investir no longo prazo”, afirma Raquel Vieria, analista da Top Gain.

Lucas Passarini, especialista em trading de criptoativos do Mercado Bitcoin, afirma que o cenário é positivo para buscar maior exposição às criptomoedas em um pensamento de médio e longo prazo. Porém, o investidor precisa se atentar à qualidade do que está colocando na carteira.

“É importante que ele não se emocione e compre ativos muito recentes, com pouco fundamento e que nunca passaram por um bear market (quadro negativo) completo”, ressalta, citando que as melhores opções estão em moedas já consolidadas, como o Bitcoin e o Ethereum.

A opinião é compartilhada por Marcus Sotiriou, analista de mercado da Global Block, empresa de negociação de ativos digitais. Em relatório diário encaminhado nesta manhã aos investidores, a casa ressaltou as oportunidades de ganho em quem focar no longo prazo em “uma perspectiva de risco-recompensa”.

Maré vermelha

O mau humor generalizado que derruba os mercados desde a quinta-feira da semana passada (5) é alimentado pelo aumento dos juros nos Estados Unidos, o recrudescimento da pandemia da Covid-19 na China e a falta de perspectivas para o término na guerra no Leste da Europa.

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Os três eventos convergem para a pauta da inflação e os impactos que o descontrole da dispara dos preços terão na economia global — temas que tiram o sono dos investidores desde o ano passado.

A cor vermelha voltou a predominar na tela dos investidores desde a madrugada com o fechamento negativo nas principais bolsas da Ásia e da Oceania e a extensão das perdas para os mercados norte-americano e europeu.

Para os ativos digitais, que diferentemente das mais tradicionais bolsas de valores, roda 24 horas ao dia, sete dias por semana, a tensão se torna ainda maior. A queda iniciada no dia 5 de abril se ampliou nos dias subsequentes, incluindo este final de semana.

A correlação do BTC com o mercado “tradicional”, sobretudo aos movimentos da Nasdaq — a bolsa que concentra as empresas de tecnologia nos EUA, vem sido discutida há meses pelos analistas.

A atual “maturidade” alcançada pelo BTC com a maior adesão de investidores institucionais e entidades do mercado também pode ser ponto de pressão, visto que o novo status deixa a cripto sujeita às forças que impactam os ativos tradicionais, como o recente cenário macroeconômico.

“O Bitcoin segue altamente correlacionado às condições econômicas mais amplas, o que sugere que a estrada à frente pode ser, infelizmente, mais difícil, ao menos no curto prazo”, escreveu a Glassnode, provedora de dados de blockchain, aos investidores nesta manhã.

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