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UBS prevê cenário positivo para ações de mercados desenvolvidos em 2022 com juros ainda baixos

Banco espera um dólar mais forte e espera crescimento de 1,2% para Brasil ano que vem

Apesar dos recordes de alta das bolsas americanas neste ano, o banco suíço UBS continua com cenário positivo para ações nos mercados desenvolvidos, especialmente na Europa e Japão, com a perspectiva de manutenção de política monetárias estimulativas e taxas de juros baixas, apontou o banco em relatório.

O UBS prevê que o Federal Reserve, banco central americano, encerre o programa mensal de compra mensal de títulos até o meio do ano que vem, mas a previsão do banco é que a  inflação nos Estados Unidos caia em 2022, o que poderia deixar a taxa de juros americana estável até 2023.

inflação americana, medida pelo índice de preços ao consumidor, mostrou avanço de 6,2% da taxa anualizada em outubro, a maior alta em 31 anos. O UBS prevê um recuo para 4,2% em 2022. O banco espera a desaceleração da inflação à medida que os descasamentos entre oferta e demanda sejam resolvidos, os preços da energia se estabilizem e os atritos no mercado de trabalho diminuam.

No dia 3 de novembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve anunciou que iniciará neste mês a redução da compra de ativos em US$ 15 bilhões por mês, com expectativa de encerrar as compras em 2022, em um processo conhecido como tapering.

O banco acredita que o Banco Central Europeu e do Japão também deve manter as taxas de juros baixas ainda por mais tempo.

Esse cenário, de taxas de juros ainda baixas , é favorável ao mercado de ações, principalmente em mercados onde diferença entre as taxas de retorno das ações e dos rendimentos dos títulos do governo ainda é grandes, por exemplo, Europa e Japão.

Para o UBS, o cenário para o ano que vem se divide em duas partes. A primeira metade do ano deve ser marcada pela continuidade do crescimento como reflexo da reabertura, que deve desacelerar na segunda metade do ano. Com isso, os setores mais cíclicos devem se beneficiar em um primeiro momento e depois , com a normalização das políticas monetárias, os setores defensivos como o de saúde devem ser mais beneficiados.

Com isso, o banco vê oportunidade em ações da zona do euro e Japão, do setor financeiro e de empresas mid-caps (empresas de capitalização intermediária) dos Estados Unidos.

O banco também prevê que commodities e ações do setor de energia também devem se beneficiar em um cenário de inflaão mais persistente

No longo prazo, o banco vê oportunidade em tecnologias disruptivas como inteligência artificial, big data, e cibersegurança e investimentos relacionados à transição da economia para zero carbono.

A bolsa americana deve continuar subindo?

Apesar dos recordes de alta das bolsas americanas, o UBS ainda vê retorno positivo em 2022, destacando que, historicamente, desde 1960 os retornos anualizados foram em média de 11,9% em anos subsequentes aos de recorde de alta para o S&P 500.

Mas dado o cenário de maior dificuldade para acertar o timing de mercado, as decisões de investimento tem de ser vistas olhando para o planejamento financeiro de cada investidor. Por exemplo, em um horizonte de 20 anos, o retorno das ações amaericanas sempre foi positivo, destaca o banco.

Olhando mais o longo prazo, o UBS afirma que o forte crescimento dos lucros e baixas taxas de juros têm sustentado o retorno das ações dos mercados desenvolvidos nos últimos períodos, mas o crescimento econômico mais lento, políticas de redistribuição de riqueza e as políticas climáticas podem apresentar desafios para ganhos nos próximos anos. Apesar dessa ponderação, as ações continuam sendo uma das poucas classes de ativos que podem oferecer ganhos reais significativos na próxima década.

Regionalmente, o banco espera que o desempenho superior das ações dos EUA em relação aos pares globais é improvável que continue na próxima década e destaca que as ações de mercados emergentes estão relativamente baratas, por isso, recomenda diversificação da carteira.

Dólar deve se fortalecer

Em um cenário de divergência de ritmo de alta de juros nos Estados Unidos e na zona do euro e Japão, que deve manter as taxas baixas por mais tempo, o dólar tende a se fortalecer contra o euro e o iene.

O UBS prevê um crescimento de 4,7% para a economia global em 2022, ante 6% esperado para 2021

Para o Brasil o banco prevê um crescimento do PIB de 1,2% em 2022, acima da média das projeções dos analistas compilada pelo Boletim Focus de 16 de novembro, de 0,93% , mas abaixo da previsão do governo.

Sobre a aplicação em criptomoedas, dada a alta volatilidades dos ativos, o banco sugere a aplicação apenas de uma pequena parcela e apenas para investidores tolerantes a risco.

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