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Serviços ficam estáveis em novembro; mercado esperava leve alta

Setor, que impulsionou economia em 2022, dá sinais de perda de ritmo

Foto: Shutterstock/Andrey_Popov

O mercado esperava um leve crescimento, mas o setor de serviços, que liderou a retomada da economia em 2022, ficou estável em novembro, mostrando uma perda de ritmo em relação ao pico de expansão registrado em setembro, segundo dados divulgados nesta quinta (12) pelo IBGE.

Mesmo assim, o setor ainda está 10,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, como apontam os dados da Pesquisa Mensal de Serviços.

“O resultado de novembro pode ser lido como uma perda de fôlego frente aos avanços registrados nos meses anteriores. Vale lembrar que de março a setembro o índice acumulou um crescimento de 5,8%”, afirmou o gerente da pesquisa, Luiz Almeida, em nota de divulgação do IBGE.

Na comparação com novembro de 2021, o volume teve alta de 6,3%, e no acumulado de 2022 até novembro, de 8,5%.

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Almeida ponderou que ainda é cedo para falar em ponto de inflexão, mas ao mesmo tempo  reforçou que, ao mesmo tempo, segmentos como tecnologia da informação e transportes de cargas, que foram pilares do dinamismo de serviços, mostraram desaceleração.

Das cinco grandes grupos de serviços investigados pela pesquisa, três tiveram queda no mês retrasado, com destaque para serviços de informação e comunicação (queda de 0,7%).

“A queda observada em novembro na atividade foi puxada principalmente por uma acomodação do setor de tecnologia da informação, que teve queda de 4,1%, também precedida de quatro meses de altas consecutivas que acumularam 19,4% de crescimento”, disse Almeida.

O pesquisador apontou que o segundo maior impacto negativo no índice geral do setor veio de outros serviços, que tombaram 2,2%. O terceiro maior peso negativo veio dos serviços prestados às famílias, que recuaram 0,8%.

“As principais influências negativas do setor de outros serviços vieram das atividades de pós-colheita e serviços financeiros auxiliares. Já para os serviços prestados às famílias, os setores que mais contribuíram para a queda foram restaurante e hotéis. Cabe notar que o setor ainda é o único que se encontra abaixo do período pré-pandemia, estando 6,7% abaixo do patamar de fevereiro de 2020”, declarou o pesquisador do IBGE.

Transportes em alta

Segundo o IBGE, o grupo transportes, com alta de 0,3% no mês, teve o principal impacto positivo de novembro, após registrar duas quedas seguidas. Já os serviços profissionais, administrativos e complementares variaram 0,2%.

“Quando observamos a divisão por modal, os transportes aéreos, com alta de 3,4%, e os aquaviários, com 3,3% de expansão, puxaram a alta do setor”, apontou o especialista do IBGE. “O primeiro vem de uma base fraca devido à queda acentuada de 10,1% no mês anterior, puxado pelo aumento expressivo no preço das passagens. Já o setor aquaviário tem seu crescimento explicado em parte, pela exportação de produtos agrícolas.”

 

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