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PIB menor, inflação maior: Itaú revisa projeções para economia brasileira

Projeção do banco para crescimento do PIB em 2021 caiu de 5% para 4,7%

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Itaú revisou nesta quinta-feira, 18, suas projeções para o cenário macroeconômico do Brasil. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2021, a expectativa caiu de 5% para 4,7%. 

Para 2022, a projeção continua sendo de contração de 0,5%, refletindo a expectativa de queda na demanda em função do aumento dos juros. 

De acordo com o banco, as quedas recentes na produção industrial por conta da falta de insumos e pelo atingimento do limite de capacidade produtivo de alguns setores, além das vendas reduzidas no varejo, indicam que o setor de bens já se encontra em contração.  

Com crescimento mais desacelerado da economia, o Itaú projeta que a inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), termine este ano em 10,1%. Para 2022, a estimativa passou de 4,3% para 5%. 

“A inflação segue pressionada também ao longo do último trimestre de 2021, impactada principalmente pelo preço de combustíveis de veículos, alimentos in natura, alguns serviços, como passagem aérea e aluguel, e maior persistência do choque de bens”, disse o banco. 

Segundo o Itaú, o choque de bens industriais ligado a gargalos de produção reportou maior persistência, o que intensifica também os efeitos secundários sobre os demais preços na economia, em especial em serviços. 

Para a taxa básica de juros, a Selic, o banco afirmou que espera um percentual de 11,75% ao ano ao final do primeiro trimestre de 2022, com duas altas de 1,5 ponto percentual (p.p) e uma de 1,0 p.p.  

Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic em 1,5 p.p, para 7,75% ao ano. 

“A Selic terminal significativamente restritiva e a manutenção do ritmo de alta nas próximas reuniões são justificadas por pressões inflacionárias mais persistentes, dado o estágio do ciclo e sinais de desaceleração da economia”, afirmou. 

A projeção do déficit primário para 2021 foi revisada para baixo, de 0,8% do PIB (R$ 70 bilhões) na última leitura para 0,6% do PIB (R$ 55 bilhões). Para 2022, espera-se um déficit de 1,5% do PIB. 

Para a dívida bruta neste ano, é esperado um percentual de 82% do PIB, contra 89% do PIB no ano passado. Enquanto isso, para 2022, o banco projeta que a dívida alcance 86% do PIB. 

Por fim, para a taxa cambial, o Itaú reiterou suas estimativas de R$ 5,50 por dólar ao final de 2021 e 2022. 

“A elevação da taxa Selic para patamar superior ao de outros emergentes justificaria alguma apreciação, mas as incertezas domésticas e externas ainda devem pesar sobre a moeda”, explicou. 

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