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Vendas no varejo recuam 3,1% em agosto, com mais da metade das atividades em queda

Na comparação com agosto de 2020, varejo recuou 4,1%, depois de cinco taxas positivas seguidas

Foto: Agência Brasil

O volume de vendas no comércio varejista apresentou queda de 3,1% em agosto em relação a julho, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nesta quarta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o órgão, mais da metade das atividades pesquisadas caíram no período. Na comparação com agosto de 2020, o varejo recuou 4,1%, depois de cinco taxas positivas seguidas.

O resultado ficou muito abaixo das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, que projetavam alta de 0,7% das vendas em agosto na base mensal e avanço de 2%, na anual.

No acumulado do ano, contudo, o varejo acumula alta de 5,1% e, nos últimos 12 meses, crescimento de 5%.

Grupos

A PMC aponta que seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em agosto, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,0%), com a principal influência negativa sobre o indicador do comércio varejista. Essa atividade é composta, por exemplo, pelas grandes lojas de departamento.

“Foi um setor que sofreu bastante no início da pandemia, mas se reinventou com a reformulação das suas estratégias de vendas pela internet. Isso culminou com crescimentos expressivos, principalmente em julho, com o lançamento das plataformas de marketplace”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, em nota.

O pesquisador ressaltou que, por conta de descontos, o consumidor antecipou o consumo em julho, o que fez com que o mês de agosto registrasse queda.

Em agosto, também recuaram os setores de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,7%), combustíveis e lubrificantes (-2,4%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,0%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%).

“Hiper e supermercados, assim como combustíveis e lubrificantes, vêm sendo impactados pela escalada da inflação nos últimos meses, o que diminui o ímpeto de consumo das famílias e empresas”, comentou Santos.

As duas únicas atividades que tiveram variação positiva no volume de vendas de julho para agosto foram tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,2%).

Já no comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 2,5% em agosto na comparação com julho. A atividade de veículos, motos, partes e peças teve alta de 0,7%, enquanto material de construção, queda (-1,3%).

Em relação a agosto de 2020, o segmento ampliado ficou estável.

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