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Juros futuros disparam com aumento da incerteza fiscal; Tesouro Direto chega a ter operações suspensas

Em momentos de muita volatilidade, Tesouro suspende as negociações

Considerados um termômetro das perspectivas do mercado para a economia, os juros futuros dispararam nesta quinta-feira, 21, com as taxas de alguns papéis renovando suas máximas. A turbulência do dia levou, inclusive, à suspensão das negociações no Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos voltado ao investidor pessoa física. As operações foram retomadas por volta das 12h. 

A aversão ao risco gerada pela possibilidade de um Auxílio Brasil pago fora do teto de gastos levou as taxas de títulos públicos com retornos prefixados a se aproximarem dos 12% ao ano, enquanto alguns papéis com rendimentos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) garantiam a inflação mais 5,4% ao ano.

Em momentos de muita volatilidade, as negociações do Tesouro Direto são suspensas para evitar que os negócios acabem não refletindo o valor real dos papéis. Nesses períodos, o investidor consegue negociar apenas títulos do tipo Tesouro Selic.

No mercado de juros futuros, pela manhã, o DI (contrato de depósito interfinanceiro) com vencimento em janeiro de 2027, por exemplo, já havia ultrapassado a taxa de 11,8% (bem acima dos 11,27% de ontem), enquanto, no contrato para janeiro de 2023, a alta era de 38 pontos, a 10,54%. 

No Twitter, o estrategista-chefe da Laic Asset Management, Vitor Péricles, apontou que a precificação da curva de juros ao fim de 2022 já ultrapassou a taxa de 11,50%. 

Qual a razão dessa disparada nos juros futuros? A percepção de que o risco de a União gastar bem mais do que o previsto está aumentando, além das incertezas em torno do novo programa social que substituirá o Bolsa Família.

Esse cenário faz com que os investidores dos títulos brasileiros peçam um retorno maior para financiar a dívida do governo.

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