Haddad descarta discutir meta de inflação na próxima reunião do CMN

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou a discussão de mudança na meta de inflação na próxima reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que irá ocorrer na quinta-feira (16).

“Existe uma coisa chamada pré-Comec (Comissão Consultiva de Mercado de Capitais) que define a pauta do CMN. E isso não está na pauta”, disse nesta terça-feira, em Brasília.

O CMN estabelece as metas de inflação do país com uma antecedência de três anos, mas o valor em tese pode ser alterado. Para 2023, a meta de inflação é de 3,25% e, para o ano que vem, de 3%, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.

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Esse conselho é formado pelos ministros da Fazenda, Planejamento (Simone Tebet) e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

O tema entrou em pauta após o presidente Lula defender uma meta maior, de 4,5%, o que levou a críticas ao BC. A meta não foi atingida nos últimos dois anos e, em 2023, também deve ficar acima do teto.

Já o BC mostrou na última decisão do Copom que pode manter a Selic por mais tempo em 13,25% para a inflação e as expectativas cederem.

Também nesta terça-feira, em São Paulo, Campo Neto afirmou que não seria o momento de experimentar uma redução da meta de inflação.

“A hora não é boa para fazer experimentos sem melhorar a credibilidade”, defendeu em evento promovido pelo BTG, indicando que é preciso primeiro melhorar a situação fiscal.