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Governo eleva previsão para inflação em 2022 e agora está alinhado ao mercado

Segundo o Ministério da Economia, a nova previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medida pelo IBGE, é de 7,9% em 2022

Foto: Shutterstock

O governo brasileiro publicou projeções atualizadas para a economia do país nesta quinta-feira (19) e passou a prever uma inflação ainda maior, após os resultados dos primeiros do ano terem surpreendido para cima.

Segundo o Ministério da Economia, a nova previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medida pelo IBGE, é de 7,9% em 2022. A estimativa anterior era de 6,55%.

Com isso, a nova expectativa do governo está agora alinhada às projeções de economistas do mercado financeiro. Segundo o mais recente boletim Focus, divulgado no fim de abril, a mediana das estimativas do mercado aponta para um IPCA de 7,89% neste ano.

É possível, no entanto, que os economistas do mercado já estejam “atrasados”. O último boletim Focus foi divulgado antes da divulgação do IPCA referente a abril. O índice mostrou avanço de 1,06%, o maior para o mês desde 1996. O IPCA em 12 meses está em 12,13% e acumula oito meses seguidos acima de 10%.

Tanto a antiga quanto a nova projeção do governo indicam que a inflação terminará o ano mais uma vez acima do teto da meta do Banco Central (BC). Para 2022, a meta é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, o teto da meta é de 5%.

A estimativa do governo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também foi elevada, de 6,7% para 8,10%, e a do Índice Geral de Preços (IGP-DI), de 10,01% para 11,4%. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 1,5%.

Para 2023, o governo federal manteve também a previsão do PIB e aumentou a da inflação. O PIB, segundo a estimativa, deverá fechar 2023 com alta de 2,5% (a mesma previsão do último boletim, divulgado em março). Já o IPCA deverá encerrar 2023 em 3,6% (a previsão de março era alta de 3,25%); o INPC, em 3,7% (3,5% era a estimativa em março); e o IGP-DI, em 4,57% (4,42%).

“A partir de 2024, espera-se convergência da inflação [IPCA] para a meta de 3%. Em relação ao INPC, a projeção para 2022 elevou-se de 6,70% para 8,10%”, diz o texto do documento.

Segundo o boletim, a melhora no desempenho do PIB brasileiro tem ocorrido em razão da retomada no setor de serviços e da ampliação dos investimentos, o que, de acordo com o documento, tem refletido na recuperação do mercado de trabalho. O texto destaca que o setor de serviços cresceu 1,8% no primeiro trimestre de 2022, atingindo o maior patamar desde maio de 2015.

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