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Focus: analistas elevam projeção para inflação de 2023 pela sétima vez

Expectativa para o IPCA passou de 5,48% para 5,74%; para 2024, elevação foi de 3,84% para 3,90%

Foto: Shutterstock/wut62

O mercado elevou pela sétima semana consecutiva as projeções para a inflação de 2023. Os analistas ouvidos esperam que o IPCA termine o ano em 5,74%, ante o avanço de 5,48% da projeção anterior, segundo o mais recente Boletim Focus do Banco Central. As expectativas para 2024 passaram de 3,84% para 3,90%, a segunda elevação seguida.

Já as estimativas para a taxa básica de juros foram mantidas. Os economistas veem a Selic ao fim de 2023 em 12,50% e, para dezembro de 2024, em 9,50%.

Nesta semana, na terça (31) e na quarta-feira (1º), o Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, terá a primeira reunião do ano e do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É esperado que a taxa Selic seja mantida no atual patamar de 13,75% ao ano.

Em relação às projeções pra o PIB (Produto Interno Bruto), os analistas fizeram um pequeno ajuste para o que esperam de 2023. A expectativa agora é de um crescimento de 0,80%, segundo a mediana, ante a expansão de 0,79% da projeção anterior. Para 2024, tudo permanece igual, com expectativa de que o PIB tenha uma expansão de 1,50%.

Por fim, para a taxa de câmbio, os analistas reduziram para R$ 5,25 a expectativa para o dólar ao fim do ano, ante os R$ 5,28 da projeção anterior. Para 2024, a expectativa é que o dólar termine cotado a R$ 5,30, o mesmo número da semana anterior.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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