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Desaceleração da China impactará PIB do Brasil, mas só no 2º e 3º trimestres, diz UBS-BB

Banco diz que poderia ter aumentado a projeção do crescimento para 1,5% em 2022, "se não fosse o risco" do terceiro trimestre

Foto: Shutterstock

A desaceleração econômica na China, causada pelos diversos lockdowns impostos no país, deve impactar não somente o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) chinês como também o brasileiro. É isso que argumentam os analistas do UBS-BB, em relatório divulgado nesta quarta-feira (25).

A instituição financeira, que reduziu a previsão de crescimento do PIB da China em 2022 de 4,2% para 3%, acredita que a medição do indicador para o segundo e terceiro trimestres do Brasil deve ser prejudicado. Agora, os analistas esperam que o produto interno bruto brasileiro cresça 0,1% no segundo trimestre, ante 0,2% de projeção anterior. Para o terceiro, a expectativa passou de -0,15% para -1,3%.

“Nossa revisão é baseada no desempenho esperado na China no segundo trimestre e na influência acumulativa das altas taxas de juros locais no PIB”, afirmou o UBS-BB.

O banco de investimentos acredita que a economia brasileira terá um desempenho melhor no quarto trimestre, com expansão de 1%. Além disso, a instituição elevou a projeção do PIB do primeiro trimestre de 0,5% para 1%.

Com isso, a projeção para o ano se manteve em 1,1%. “Se não fosse o risco do terceiro trimestre, poderíamos ter aumentado nossa estimativa de crescimento anual entre 1,5% e 1,6%”, destacou o UBS-BB.

Veja as estimativas para o crescimento brasileiro, segundo o UBS-BB:

Trimestre/Ano Projeção anterior Projeção atual
1T22 0,5% 1%
2T22 0,2% 0,1%
3T22 -0,15% -1,3%
4T22 1% 1%
2022 completo 1,1% 1,1%
2023 completo 1,5% 1,5%

Para além do risco com a China, o segundo e o terceiro trimestres devem ser prejudicados com temores em relação às eleições. “(…) as políticas econômicas futuras permanecem incertas. Não esperamos mudanças significativas nas principais macropolíticas, incluindo a independência do BC (Banco Central) e algum compromisso de manter a relação dívida pública/PIB sob controle”, afirma o banco.

A instituição afirmou que “os detalhes são importantes”, e espera a sinalização da formação dos futuros gabinetes e diretrizes políticas. Dessa forma, o UBS-BB acredita que haverá mais certezas quanto às medidas econômicas apenas no final deste ano ou no primeiro trimestre de 2023.

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