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Confiança de serviços e do varejo cai a nível mais baixo desde o 2º trimestre de 2021

Expectativas dos setores, porém, caminham em direções opostas: varejo está mais otimista, enquanto serviços segue pessimista

Foto: Unsplash

A confiança dos setores de serviços e de comércio varejista caiu em janeiro para os menores níveis desde o segundo trimestre do ano passado, mas os setores estão divergindo em relação às expectativas para o futuro: o comércio está mais otimista, enquanto as prestadoras de serviço estão mais pessimistas.

Segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas), o Índice de Confiança do Comércio caiu 0,4 ponto em janeiro, para 84,9 pontos, menor nível desde abril de 2021. A avaliação sobre a situação atual caiu 3,5 pontos, a 80,5 pontos, menor valor desde março do ano passado, enquanto o índice de expectativas avançou 2,7 pontos, para 90,0 pontos.

“A confiança do comércio inicia o ano reduzindo a velocidade da desaceleração observada no final de 2021. O resultado negativo foi influenciado pela percepção de queda no volume de vendas no momento. As perspectivas para os próximos meses melhoram, mas ainda é cedo para comemorar, considerando o patamar abaixo do nível neutro do índice”, disse Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

“A inflação elevada, renda média do trabalhador em baixa, confiança dos consumidores em queda e juros em alta, parecem ser fatores que pressionaram a confiança do comércio nesse nível mais baixo. Para voltar ao caminho de recuperação da confiança, será preciso sinais positivos nos fatores mencionados, além da continuidade do controle da pandemia”, acrescentou.

No setor de serviços, o índice de confiança caiu 4,3 pontos em janeiro ante dezembro, para 91,2 pontos, menor nível deste maio de 2021. A avaliação das empresas sobre o momento atual caiu 3,1 pontos, para 89,4 pontos, valor mais baixo desde junho do ano passado, enquanto o índice de expectativas recuou 5,5 pontos, para 93,2 pontos, menor nível desde maio de 2021.

“O setor de serviços inicia 2022 com uma nova queda, sendo a mais intensa desde março de 2021, período da segunda onda de Covid. O resultado negativo desse mês parece refletir a desaceleração que já vinha sendo sinalizada nos últimos meses, mas com o acréscimo da nova onda da pandemia”, disse Tobler.

“Além do cenário macroeconômico ainda difícil e da cautela dos consumidores, a volta de algumas medidas restritivas já impacta a atividade do setor e liga o sinal de alerta sobre o ritmo dos próximos meses. Enquanto esses fatores persistirem vai ser difícil observar o retorno da tendência positiva da confiança no setor de serviços”, acrescentou.

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