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Confiança da indústria cai de novo e atinge menor nível desde agosto de 2020

Empresas estão preocupadas com perspectiva de aumento de custos e de demora na normalização da oferta de insumos

A inflação, o desemprego e a escassez de insumos fizeram com que a confiança da indústria brasileira caísse novamente em dezembro. O setor ficou mais pessimista tanto com a situação atual quanto com o futuro da economia.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV),  o Índice de Confiança da Indústria caiu 2,0 pontos em dezembro ante novembro, para 100,1 pontos. Este é o menor nível para o indicador desde agosto de 2020, quando atingiu 98,7 pontos.

De acordo com a economista Claudia Perdigão, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, há um conjunto de fatores prejudicando a confiança da indústria. Entre eles, estão o aumento dos custos de produção e a dificuldade em encontrar matéria-prima – que só deve deixar de ser um problema na segunda metade de 2020.

“Além disso, desemprego e a inflação comprimem a demanda das famílias, reduzindo a demanda, o que influencia não apenas a avaliação da situação corrente, mas também torna as projeções para 2022 mais cautelosas”, avaliou.

O índice que mede a avaliação das indústrias sobre a situação atual caiu 2,7 pontos, para 101,0 pontos, também o menor valor desde agosto de 2020. Ele foi prejudicado pela queda no indicador sobre a situação presente dos negócios, de 6,4 pontos, para 95,8 pontos, o menor valor desde julho do ano passado.

O índice que mede as expectativas das empresas caiu 1,2 ponto, para 99,1 pontos, menor nível desde maio deste ano. A piora foi motivada pela queda no indicador sobre o emprego previsto para os próximos meses, que recuou 2,0 pontos para 101,8 pontos, menor nível desde maio (101,5 pontos).

As perspectivas sobre a produção para os próximos três meses caíram 1,1 ponto para 98,8 pontos. A tendência dos negócios para os próximos seis meses continuou negativa pelo quinto mês consecutivo, caindo 0,6 ponto em dezembro, para 96,6 pontos, menor valor desde setembro de 2020 (96,5).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada cedeu 1,0 ponto percentual, para 79,7%, nível mais baixo desde agosto de 2021.

 

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