O Brasil criou 328,5 mil postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta terça (29). O número ficou acima do consenso de analistas ouvidos pela Reuters, de criação de 210 mil postos de trabalho formais no mês passado.
O dado representa expansão em relação a janeiro, quando 150,3 mil postos de trabalho formais haviam sido criados. Já na comparação com fevereiro de 2021, quando a atividade econômica estava mais bem forte, o número expôs queda de 17,3%. Após uma retomada no início do ano passado, a economia foi perdendo força com a alta da inflação, dos juros e com o avanço da pandemia.
O saldo positivo do mês passado foi resultado de 2,013 milhões de admissões e 1,684 milhão de desligamentos. Com isso, o estoque de empregos no país alcançou 41,1 milhões, leve alta de 0,8% na comparação com janeiro.

O salário médio de admissão foi de R$ 1.878,66 em fevereiro, queda de 2,46% na comparação com o mesmo período do ano passado, descontada a inflação do período.

Serviços puxaram alta
O desempenho de fevereiro foi puxado por serviços, área na qual houve a criação de 215.421 postos de trabalho, com destaque para administração pública e atividades de informação, comunicação e atividades financeiras.
Em seguida, aparecem indústria (+43.000 vagas com carteira), construção (+39.453 vagas) e agropecuária (+17.415 vagas). O comércio criou 13.219 empregos formais no mês passado.
