Boletim Focus: Analistas já esperam inflação de 5,36% em 2023

Os analistas ouvidos pelo Boletim Focus já esperam uma inflação de 5,36% no final de 2023, de acordo com a pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (8). Os especialistas também voltaram a reduzir suas apostas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2022, para 7,11%.

Na semana anterior, os ouvidos pelo levantamento esperavam uma inflação de 5,33% no final do ano que vem e de 7,15% no final deste ano.

As projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano voltaram a subir para uma alta de 1,98% (na semana anterior era de 1,97%). Para 2023, as expectativas foram mantidas em uma expansão da atividade econômica de 0,40%.

A mediana das expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, foram mantidas em 13,75% no final deste ano e em 11% no final do ano que vem. As projeções para a taxa de câmbio também se mantiveram em R$ 5,20 no final deste ano e do ano que vem.

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O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.