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IPCA sobe 0,53% em junho, puxado por alta da energia elétrica

Para os analistas consultados pela Refinitiv, a expectativa era de que a inflação de junho apresentasse alta de 0,59% no comparativo mensal

Influenciado pela alta da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,53% na passagem de maio para junho, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, apesar de apresentar uma desaceleração frente à alta de 0,83% em maio, esse é o maior resultado para o mês desde junho de 2018, quando registrou avanço de 1,26%.

Para os analistas consultados pela Refinitiv, a expectativa era de que a inflação de junho apresentasse alta de 0,59% no comparativo mensal.

O indicador acumula crescimento de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.

Segundo o IBGE, a variação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2016, que foi de 8,48%. Em junho de 2020, a taxa mensal reportou expansão de 0,26%.

Grupos

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta no mês anterior.

O maior impacto (0,17 p.p.) foi do grupo habitação (1,10%), principalmente, por causa da energia elétrica (1,95%). Embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior (5,37%), a conta de luz teve o maior impacto individual no índice do mês (0,09 p.p.).

“A energia continuou subindo muito por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que passou a vigorar em junho e acrescenta R$ 6,243 à conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos”, explicou o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida.

→ Leia também: Aneel aprova reajuste de 52% na bandeira vermelha patamar 2

Na sequência, vieram alimentação e bebidas (0,43%) e transportes (0,41%), ambos com o segundo maior impacto no índice (0,09 p.p). A alimentação no domicílio passou de 0,23% em maio para 0,33% em junho, puxada pelas carnes (1,32%), que subiram pelo quinto mês consecutivo e acumulam alta de 38,17% em 12 meses.

No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-15,38%), a cebola (-13,70%), o tomate (-9,35%) e as frutas (-2,69%).

No grupo dos transportes (0,41%), os combustíveis subiram 0,87% e acumulam alta de 43,92% nos últimos 12 meses. Mais uma vez, o maior impacto (0,04 p.p.) veio da gasolina (0,69%), cujos preços haviam crescido 2,87% em maio. Os preços do etanol (2,14%) e do óleo diesel (1,10%) e do gás veicular (0,16%) também registraram alta em junho.

Para ler a pesquisa na íntegra, acesse aqui.

Foto: Pixabay

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