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Inflação tem alta de 0,96% em julho, maior avanço para o mês desde 2002

Com isso, o indicador acumula alta de 4,76% no ano e de 8,99% nos últimos doze meses

Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um crescimento de 0,96% em comparação ao mês imediatamente anterior, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o indicador acumula alta de 4,76% no ano e de 8,99% nos últimos doze meses. Em julho de 2020, a taxa mensal foi de 0,36%.

O resultado veio um pouco acima do projetado pelos economistas da Refinitiv, que esperavam por um crescimento de 0,93% no comparativo mensal. Já em relação a julho de 2020, os analistas previam alta de 8,97%.

Segundo o IBGE, dos nove grupos pesquisados, oito avançaram no período em análise. A maior variação (3,10%) e o maior impacto (0,48 p.p.) vieram da habitação com a alta da energia elétrica (7,88%), que acelerou em relação ao mês anterior (1,95%) e registrou o maior impacto individual no índice (0,35 p.p.).

O resultado é consequência dos reajustes tarifários de 11,38% em São Paulo, de 8,97% em Curitiba (11,34%) e de 9,08% em uma das concessionárias de Porto Alegre (8,02%).

“Além dos reajustes nos preços das tarifas em algumas áreas de abrangência do índice, a gente teve o reajuste de 52% no valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em todo o país”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida.

Antes o acréscimo nessa bandeira era de, aproximadamente, R$ 6,24 a cada 100kWh consumidos e, a partir de julho, esse acréscimo passou a ser de cerca de R$ 9,49.

A segunda maior contribuição (0,32 p.p.) do mês veio dos transportes (1,52%), puxados pelas passagens aéreas, cujos preços subiram 35,22% depois da queda 5,57% em junho.

Os preços dos combustíveis (1,24%) também aceleraram em relação a junho (0,87%). Em particular, a gasolina teve alta de 1,55%, enquanto havia subido 0,69% no mês anterior, contribuindo com o terceiro impacto individual (0,09 p.p.) no índice do mês, após as passagens aéreas.

Somente o grupo saúde e cuidados pessoais (-0,65%) teve queda no período, com a redução dos preços dos planos de saúde (-1,36% e -0,05 p.p.). Em julho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou um reajuste negativo de -8,19% em função da diminuição da utilização de serviços de saúde suplementar durante a pandemia.

Para ler o relatório completo do IBGE, acesse aqui.

Foto: Unsplash

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