Nesta terça-feira, 08, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou os dados do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que registrou uma alta de 3,40% em maio, valor 1,18% maior do que o registrado em abril, quando acumulou 2,22% no mês.
Somando o novo resultado, o índice acumula 14,13% de inflação no ano e 36,53% em 12 meses, pressionado principalmente pela alta dos preços ao produtor.
Em maio de 2020, a variação do IGP-DI foi de 1,07%, com acúmulo de 6,81% de taxas em 12 meses.
De acordo com a FGV, as maiores pressões do mês vieram das commodities, que estão com os preços nas alturas. Alguns exemplos da variação em maio são:
- Minério de ferro (de 4,63% para 17,03%),
- Cana-de-açúcar (de 2,75% para 19,30%), e
- Café (de 1,23% para 10,65%).
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Resultados dos 3 índices que compõem o IGP-DI:
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que corresponde por 60% do indicador, avançou 4,20% em maio, ante crescimento de 2,90% em abril.
“A inflação ao produtor continua sustentando os resultados do IGP-DI em elevação. Nesta edição, entre as maiores influências positivas do IPA, a predominância foi das grandes commodities”, disse o coordenador dos índices de preços, André Braz.
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que responde por 30% do IGP-DI, aumentou 0,81% em maio frente aos 0,23% do mês anterior.
Entre os destaques de maio ficaram Transporte (-0,13% para 1,48%) e Habitação (0,21% para 1,72%), devido aos aumentos nas tarifas de eletricidade residencial (6,53%), gasolina (2,95%) e etanol (9,06%).
Já no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso 10% na composição do IGP-DI, a variação doi de +2,22% em maio, ante 0,90% em abril.
Os três grupos componentes do índice registraram grandes altas: Materiais e Equipamentos (1,99% para 2,81%), Serviços (0,88% para 1,13%) e Mão de Obra (0,00% para 1,92%).
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