O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou aumento de 2,32% em junho, desacelerando frente aos 3,24% do mês de maio, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgados nesta quarta-feira, 16.
Com esse resultado, o índice acumula 15,31% de alta no ano e 36,94% de alta em 12 meses. De acordo com a FGV, um ano atrás, o IGP-10 registrava taxas de 1,55% no mês e de 7,18% em 12 meses.
Vale lembrar que o IGP-10 é uma variação do IGP-M, com a diferença de que os dias de referência do mês são de 11 do mês anterior a 10 do mês de divulgação.
No mais, também trata-se de um índice composto, formado pelos Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) (com 60% de peso), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) (30%) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) (10%).
Em junho, todos os três tiveram altas.
Composição do IGP-10
O IPA subiu 2,64% em junho, uma desaceleração frente aos 4,20% em maio. Já o IPC, que mede os valores do varejo, saiu de 0,35% em maio, para 0,72% em junho.
“A inflação ao produtor apresentou desaceleração e contribuiu para o recuo do IGP, mesmo assim, o IPA segue pressionado pelo aumento dos preços de commodities importantes”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens aves (2,37% para 4,90%), café em grão (5,77% para 9,44%) e leite in natura (2,20% para 3,11%).
“O recuo não foi mais intenso dado o aumento dos preços de energia e gasolina, que impulsionaram a inflação ao consumidor”, continua o coordenador.
As variações foram de -1,03% para 3,16%, no caso da gasolina, e de 1,92% para 4,87% com a tarifa de eletricidade residencial.
Por fim, o INCC mais que dobrou de valor, de 1,02% no mês passado para 2,81% agora.
“Na construção civil, reajustes na mão de obra também contribuíram para o avanço do INCC”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços. Em serviços (0,94% para 1,18%) e mão de obra (0,04% para 3,37%).