De acordo com o Banco Central e mais 100 instituições financeiras que formam o consenso Boletim Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro irá crescer 4,85% em 2021. Trata-se de uma alta de 0,49 p.p. em relação à semana anterior, quando a previsão era de 4,36%.
Já a expectativa para o PIB em 2022 caiu 0,11 p.p. De acordo com o relatório, que você pode ver aqui, os 2,31% anunciados há uma semana, foram para 2,20% hoje.
No relatório também constam previsões para os principais indicadores econômicos do país, como o IPCA, a taxa Selic e o dólar.
De acordo com os especialistas, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 é de 5,82%, um crescimento de 0,38 ponto porcentual (p.p.) frente aos 5,44% da semana anterior.
Com isso, o valor estimado para o indicador estoura o centro da meta de inflação para 2021, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
No ano passado, a instituição definiu o valor de 3,75% para a meta, com faixa de tolerância de 1,5 p.p, ou seja, entre 2,25% e 5,25%. Logo, o valor do IPCA em 5,82% supera em 0,57 p.p. o objetivo do CMN.
Lembrando que, na última semana, o IBGE divulgou o IPCA referente a maio e mostrou que em 12 meses o indicador já acumulou 8,06% de alta nos preços. Um valor muito distante do teto da meta do CMN e da previsão do Boletim Focus.
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Para o próximo ano, a estimativa de inflação também aumentou, de 3,70% previsto na semana passada, para 3,78% hoje.
Enquanto isso, a expectativa para a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, deu um salto para acompanhar a previsão do IPCA. Na semana passada esperava-se um juros de 5,75% para o país, enquanto nesta semana o valor aumentou em 0,50 p.p., para 6,25%.
Para 2022, os 6,50% permanecem há três semanas.
Por fim, a expectativa para o dólar no fim deste ano e no próximo diminuíram: 0,12 p.p. em 2021 e 0,10 p.p. para 2022, ou seja, foi a R$ 5,18 e R$ 5,20, respectivamente.