Os analistas do mercado financeiro aumentaram a previsão da taxa básica de juros, a Selic, de 8% para 8,25% ao ano em 2021, o que representa um avanço de 0,25 ponto percentual em comparação à leitura da semana passada.
As informações constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central e que traz as previsões do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
Para 2022, a expectativa para a taxa também subiu, passando de 8% para 8,50% ao ano.
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá para decidir o novo patamar da Selic. No evento passado, a autarquia havia deixado subentendido que a taxa deve subir novamente em 1 ponto percentual para conter a inflação elevada.
Inflação
Quanto à inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado subiu a projeção deste ano pela 24ª semana seguida, passando de 8% para 8,35%, crescimento de 0,35 ponto percentual na comparação semanal.
Para o ano que vem, os economistas consultados pelo BC elevaram a expectativa do IPCA em 0,07 ponto percentual, saindo de 4,03% para 4,10% – sendo a nona alta consecutiva.
Vale destacar que a meta de inflação de 2021, imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a ser perseguida pelo Bacen é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para o próximo ano, a meta é de 3,50%.
Dessa forma, a meta de 2021 será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.
Caso a inflação brasileira fique de fato acima da meta, como apontam as estimativas, o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, terá que redigir uma carta aberta explicando os motivos para o descumprimento.
PIB
Após reduzir a previsão na semana passada, o mercado manteve a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 em 5,04%. Para 2022, a projeção de alta foi rebaixada, de 1,72% para 1,63%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve, sobretudo, para medir a evolução da economia.
Câmbio
Em relação ao câmbio, os analistas mantiveram a projeção de R$ 5,20 para este ano. Já para 2022, o mercado subiu a estimativa do dólar, passando de R$ 5,20 para R$ 5,23.