O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou em um evento online na última terça-feira, 24, que a crise hídrica deverá pressionar a inflação nos próximos meses em decorrência dos impactos no preço da energia elétrica.
“[A crise hídrica] agravou-se muito com a falta de chuva e deve continuar sendo um elemento de pressão nos próximos meses”, ressaltou.
Campos Neto também manifestou preocupação com a inflação dos serviços e com gargalos internacionais no fornecimento de insumos, como semicondutores, que afetam os preços de vários produtos, aponta a Agência Brasil.
Segundo ele, o grande risco, em relação à inflação de serviços, está no fato de que a recuperação ocorra de forma distinta entre os setores, o que poderia criar desequilíbrios temporários.
Quanto à escassez dos semicondutores (materiais capazes de conduzir correntes elétricas usados na produção de chips de celulares e computadores), o presidente do Bacen acredita que o problema esteja ligado ao aumento da demanda global provocado pela recuperação econômica ao invés da redução da oferta.