O Banco Central revisou nesta quinta (15), no relatório trimestral de inflação, suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2022 – agora, a autoridade monetária espera que a economia brasileira crescerá 2,9%, acima dos 2,7% esperados no documento anterior.
Ao mesmo tempo, o BC segue mais otimista do que a mediana do mercado com a atividade de 2023, mantendo a aposta em uma expansão de 1% no ano que vem – a mediana dos analistas ouvidos pelo Boletim Focus acredita em alta de 0,75%.
No relatório, a instituição apontou que o desempenho deste ano foi revisado para cima pelas surpresas positivas no terceiro trimestre do ano e também pelas revisões nas séries históricas do IBGE.
“As projeções atuais refletem a perspectiva de que a desaceleração da atividade econômica se consolide no quarto trimestre deste ano e ao longo de 2023, sob influência da esperada desaceleração global e dos impactos cumulativos da política monetária doméstica”, apontou o BC no documento.
O BC reforçou os riscos fiscais para a economia brasileira no ano que vem. “No âmbito doméstico, há elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal. Também persistem incertezas sobre a magnitude dos estímulos fiscais em 2023 e sobre sua transmissão para a atividade econômica”, apontou no relatório.
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Enfatizou ainda que o cenário externo é desafiador com o processo de aumento de juros em grandes economias e a guerra na Ucrânia.
“No cenário externo, permanecem desafios para o desempenho da atividade econômica global, decorrentes de aperto da política monetária em diversos países, da evolução da guerra na Ucrânia e, na China, da crise no setor imobiliário e da incerteza acerca da política de Covid Zero.”
O BC ainda revisou para cima suas projeções para a carteira de crédito no ano que vem, de um crescimento de 8,2% (projeção anterior) para 8,3%.