Bancos elevam projeção para o mercado de crédito em 2023 pela sexta vez seguida

Bancos também elevaram a projeção de alta da carteira de crédito para 2022, passando de uma expansão de 11,4% para 13,9%

Foto: Shutterstock/ Teerasak Ladnongkhun

Os bancos brasileiros, embora tenham começado o ano com um discurso mais cauteloso em relação ao crédito, como reflexo de uma preocupação com o aumento da inadimplência, trocaram o disco há alguns meses e deram mais uma mostra de otimismo com o crescimento dos empréstimos.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que a cada 45 dias divulga uma pesquisa com uma média das projeções dos bancos para o crédito, mostrou nesta segunda-feira (10) que, pela sexta vez seguida, as estimativas das instituições financeiras para 2023 foram revisadas para cima.

Dessa vez, a média das projeções saltou de 6,9% para 8%.

Embora 2022 esteja perto de acabar, os bancos também têm projeções para o resultado do ano completo. A expectativa é que o ano termine com expansão de 13,9% no crédito. Na pesquisa anterior, o avanço esperado era de 11,9%.

De acordo com a instituição, essa melhora nas expectativas é reflexo de uma percepção mais positiva para a economia brasileira, de um crescimento maior que o esperado da atividade econômica e de medidas de estímulo, como a reedição dos programas públicos de crédito.

“Para 2023, o viés é de crescimento da carteira, mas ainda inferior ao verificado este ano, em razão da política monetária mais restritiva e da previsão de menor crescimento do PIB”, ressalta a Febraban.

A instituição ressaltou também que a projeção para carteiras com recursos livres saltou de 14% para 16,7%.

A pesquisa apontou que essa perspectiva tem como base um quadro de “aumento da ocupação na economia e maior crescimento que o esperado da atividade e do consumo”. “Houve melhora da perspectiva tanto na carteira Pessoa Física, de 15,3% para 17,2%, quanto na de Pessoa Jurídica, de 13% para 14,5%”, diz a federação.

Para 2023, são esperadas maiores altas tanto na carteira com recursos livres — de 8,4% para 9,3%, como na direcionada — de 4,7% para 6%.

Do lado negativo, os bancos consultados pela Febraban aumentaram suas projeções para a inadimplência no final deste ano, de 3,8% para 3,9%.

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