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Inflação medida pelo IGP-M avança na 2ª prévia de novembro puxada por combustíveis e minério

No mesmo período do mês anterior, índice mostrou queda de 0,03%

Nada de boas notícias para a inflação. A segunda prévia de novembro do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), conhecido por ser o indicador que melhor captura a variação de preços no atacado, avançou 0,76%, ante queda de 0,03% no mesmo período do mês anterior, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta quinta-feira, dia 18.

Apesar disso, a taxa acumulada em 12 meses até 10 de novembro passou de 20,91%, no período anterior, para 18,77%, já que há um ano a variação de preços estava menor.

“Já era meio esperado [o avanço da segunda prévia de novembro]. Combustíveis e minério de ferro, dado o peso que possuem, estão determinando a taxa do IGP-M”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre/ FGV. “Mesmo com variações mais fortes, a taxa em 12 meses continuará recuando. E permanecerá assim até abril de 2022, quando o IGP estará mais próximo do IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo]”.

Preços dos bens finais estão em alta

O período analisado na segunda prévia é entre os dias 21 de outubro e 10 de novembro –os preços coletados são comparados com o intervalo entre 21 de setembro e 20 de outubro.

Um dos índices que formam o IGP-M, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), mostrou que os preços dos bens finais passaram de 1% em outubro para 1,18% em novembro. A culpa foi da alta dos combustíveis. “A maior contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 1,01% para 8,19%”, explicou o Ibre/ FGV no material de divulgação do índice.

Além disso, a queda da inflação de matérias-primas se reduziu bastante, de 3,41% para 2,10% em novembro. Isso aconteceu principalmente por causa da forte redução de ritmo da queda de preços do minério de ferro: de um recuo de 16,88% em outubro, para uma redução de 3,33% neste mês.

Afinal, o que mede o IGP-M?

O IGP-M é usado como indexador em muitos contratos de aluguel, energia elétrica, mensalidades, alguns tipos de seguros e alguns planso de saúde. Ele é formado por três índices de preços:

 

  • O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) mede a variação de preços dos bens por estágios de processamento (bens finais, bens intermediários e matérias-primas brutas) e por origem (produtos agropecuários e produtos industriais). Responde por 60% do IGP-M.
  • O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que é o termômetro dos preços ao consumidor em oito categorias (alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação). Responde por 30% do IGP-M.
  • INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), formado por materiais, equipamentos e serviços e mão de obra. Responde por 10% do IGP-M.

 

 

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