Maiores altas e baixas do Ibovespa na semana

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A semana de 15 a 21 de julho foi marcada pela divulgação de indicadores econômicos relevantes, que impactaram diretamente o desempenho do Ibovespa. 

Na segunda-feira (16), foram divulgados o IGP-10 de junho e o IBC-Br de abril. O IGP-10 registrou queda de 0,97%, influenciado principalmente pela redução nos preços do milho, reflexo do avanço da colheita e dos bons resultados da safra. Já o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, subiu 0,20%, superando as expectativas do mercado. 

Na quarta-feira (18), ocorreu a chamada “Super Quarta”, com decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros dos EUA entre 4,25% e 4,50%, sustentado por uma economia americana forte, mercado de trabalho aquecido e desemprego baixo, embora com a inflação ainda acima da meta de 2%. No Brasil, o Copom elevou a Selic para 15,00% ao ano, o maior nível em quase 20 anos, em resposta à inflação persistente. O IPCA acumula alta de 5,32% em 12 meses, superando o teto da meta, e o Boletim Focus projeta inflação de 5,25% para 2025 e 4,50% para 2026, próximo ao limite da meta.

Principais variações positivas da semana:


Entre as principais altas da semana, destaque para as ações da Embraer (EMBR3), que dispararam impulsionadas por novidades do Paris Air Show. O otimismo do mercado se reforçou com o anúncio de um pedido firme da americana SkyWest para 60 jatos E175, com opção de compra de mais 50 unidades. O contrato, avaliado em US$ 3,6 bilhões, terá entregas a partir de 2027 e será incluído na carteira do segundo trimestre.

Já a Direcional (DIRR3) subiu 6,82% na semana com o anúncio da distribuição de R$ 346,7 milhões em dividendos intermediários, equivalente a R$ 2 por ação. Além disso, a companhia propôs à assembleia o desdobramento (split) de suas ações na proporção de 3 para 1, mantendo o capital social inalterado. O objetivo é aumentar a liquidez e tornar os papéis mais acessíveis. Após o desdobramento, cada acionista receberá duas ações adicionais para cada ação ordinária que já possui, totalizando três ações por papel atual.

Outro destaque foi a TIM (TIMS3), que iniciou um processo de reorganização acionária por meio de um grupamento seguido de desdobramento de ações. A medida tem como objetivo aumentar a liquidez dos papéis, reduzir custos operacionais, otimizar a gestão da base acionária e tornar o pagamento de dividendos mais eficiente.


Principais variações negativas da semana:



Nas quedas da semana, destaque negativo para a Cosan (CSAN3), após o Citi reduzir seu preço-alvo de R$ 14 para R$ 12, embora tenha mantido recomendação de compra, citando ajustes na estrutura de capital da empresa. Já o Usiminas (USIM5) caiu 7% após o Itaú rebaixar a recomendação da ação de compra para neutra.
 
O cenário econômico segue desafiador, marcado por juros elevados no Brasil e inflação resistente nos Estados Unidos. O mercado deve permanecer volátil, acompanhando de perto os próximos movimentos da política monetária e os dados econômicos domésticos e internacionais. 

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