Eletrobras (ELET3): Lula vai reverter privatização? Veja o que o UBS BB diz

Presidente escalou ameaças ao pedir que AGU estude clausulas da capitalização

Foto: Shutterstock/Sidney de Almeida

A Eletrobras (ELET3) voltou ao foco de discussão do mercado nas últimas semanas com as constantes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao processo de privatização, concluído em 2022 pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Nesta semana, petista subiu um degrau a mais nas ameaças ao pedir à AGU (Advocacia-Geral da União) um estudo sobre o processo de capitalização.

O requerimento contesta pontos do processo de venda da Eletrobras, sobretudo em cláusulas sobre a participação acionária e da compra de empresas pelo governo federal.

Embora as ameaças prejudiquem os papéis da companhia, que desde o fim do segundo turno, em novembro do ano passado, somam queda de 24%, elas não geram riscos reais de reversão do processo de privatização da Eletrobras.

Essa é a opinião de analistas do banco UBS BB, publicada nesta quarta-feira (15). A instituição suíça recomenda a compra dos papéis da empresa, com preço-alvo de R$ 70 – potencial de valorização de 98,3% sobre o fechamento de terça-feira (14), de R$ 35,29.

“Vemos as críticas à privatização da Eletrobras como um ruído da mídia sem grande impacto nos fundamentos da Eletrobras (embora contribuindo para o fraco desempenho do preço de suas ações)”, escreveu o analista Giuliano Ajeje.

Saiba mais:

Ganhos de eficiência no longo prazo

O relatório destacou que o processo de capitalização da empresa, iniciado em 2017, passou pelo aval do Congresso Nacional e do TCU (Tribunal de Contas da União), além de mudanças estatuárias feitas pela antiga gestão do governo federal.

Apesar de pontuar os efeitos das críticas de Lula aos papéis da empresa, o UBS BB ressalta que a queda acumulada nos últimos meses tem maior peso da melhora do setor hídrico brasileiro, o que resultou na redução das tarifas de energia.

Olhando em um horizonte mais distante, o banco suíço prevê melhorias na eficiência da empresa, principalmente pela redução dos empréstimos compulsórios e corte de despesas.

“No longo prazo, esperamos que a Eletrobras busque ganhos de eficiência nas vendas de energia descontratada”, afirmou o analista.

 

 

 

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